Com a proximidade da aplicação do Enem 2023 – 5 e 12 de novembro –, a prof.ª Ana Paula Franzini Otrenti comenta ser natural que os candidatos fiquem mais ansiosos a respeito da redação. De acordo com a docente, devido ao valor da prova de redação (vale até 1000 pontos) , a nota obtida é determinante para a aprovação no curso desejado.
Conforme a especialista explica, a banca organizadora do Enem volta a ser o Cebraspe; que foi responsável pelas provas até 2017; sendo essa organizadora especializada em concursos públicos. Portanto, Ana esclarece que as questões deste ano podem ser mais conteudistas, afirma ainda que o grau de dificuldade da prova poderá manter-se ou elevar-se.
No que diz respeito à redação do Enem, a professora elucida que o Cebraspe tem a característica de trazer eixos temáticos mais fechados, pois nos anos de 2015, 2016 e 2017 as propostas foram, respectivamente, as seguintes:
Entretanto, a docente faz a ressalva de que é preciso estar preparado também para propostas abrangentes, e o candidato deve saber delimitar as problemáticas.
“O ideal, então, é não deixar para escrever o texto por último, pois, dessa forma, evita-se desatenção no momento de elaborar o tema. Com a mente mais limpa é possível raciocinar com mais clareza e produzir a redação com melhores argumentos, objetividade e criatividade”, orienta a prof.ª Ana Paula.
A educadora também explica que um erro muito comum é se preocupar em tentar adivinhar a proposta temática, o que não precisa ser o foco do candidato. “O mais importante é dominar as estruturas exigidas como critério de avaliação, que incluem: domínio da norma culta; conhecimento sociocultural; relação e interpretação de ideias, fatos e opiniões; coesão e coerência; e elaboração da proposta interventiva ao final do texto argumentativo”.
Outro aspecto que merece a preocupação dos vestibulandos é se atentar à proposta temática, para evitar que a redação seja tangenciada. “Fugir do tema indicado pode gerar considerável prejuízo à nota do texto. Dessarte considera-se imprescindível um adequado preparo para a prova, praticar temas de redação, com base em contextos culturais e pensando em macroestruturas já cobradas pela prova do Enem”, diz Ana Paula.
A professora reforça ser primordial que todas essas orientações sejam seguidas junto a um preciso controle do tempo, para que o processo leve no máximo 80 minutos. Dessa forma, haverá melhor gestão entre o tempo gasto na redação e as demais 90 questões da prova.
“Lembrando que fazer o texto na folha de rascunho, em primeiro plano, evitam-se falhas e rasuras. Assim, após a releitura do texto escrito, a redação deve ser redigida na folha definitiva.”