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Proteção aos animais de rua e feriado do Dia de São Bento foram assuntos apresentados na sessão da Câmara.
A proposta que tramita na Câmara de Araraquara que cria o feriado municipal do Dia de São Bento em 11 de julho tem gerado discussões. Segundo o Projeto de Lei nº 309/2023 de autoria do vereador Rafael de Angeli (PSDB), o Feriado Municipal, Dia de São Bento, “proporcionará benefícios tangíveis à comunidade”.
“Os feriados municipais frequentemente estimulam atividades comerciais locais, promovendo o turismo e o comércio, o que, por sua vez, pode ter impactos econômicos positivos no município Com base nas razões históricas, culturais e religiosas mencionadas acima, a instituição do Feriado Municipal, Dia de São Bento, padroeiro do Município de Araraquara, é uma medida que fortalecerá os laços comunitários, promoverá a preservação cultural e contribuirá para o desenvolvimento econômico local. Portanto, é de interesse público e enriquecerá a vida de todos os cidadãos de Araraquara”, diz o documento.
Na sessão de ontem (26), o padre Rodolfo Faria da Silva, da Basílica São Bento usou a tribuna popular para se posicionar a favor da instituição do feriado de São Bento.
Em sua fala o padre ressaltou que a necessidade da aprovação do projeto. “Eu faço o apelo aos senhores vereadores e vereadoras para que vocês entendam a importância deste feriado”.
“Os senhores (vereadores) estão tendo esta oportunidade de escreverem os vossos nomes na história de nossa cidade”. Nosso papel é defender a história, a cultura e o nosso patrimônio. A Basílica São Bento é um patrimônio de Araraquara”, disse.
O vereador Rafael de Angeli (PSDB) reforçou que o projeto de lei surgiu a pedido da população. “Já é uma demanda nossa desde 2017. As pessoas nos pedem e a igreja também nos pede por este feriado”.
A vereadora Luna Meyer (PDT) afirmou que era contrária, mas mudou de opinião. “A religião muitas vezes é cultura. A cultura católica está na história de Araraquara”.
“A gente vai batalhar para que está Câmara aprove, alguns vereadores que ainda não estão decididos, a gente vai trabalhar a cabecinha deles”, disse o vereador Marchese da Rádio (Patriota).
A vereadora Filipa Brunelli (PT) ressaltou seu posicionamento de que não é contra o feriado. “Com todo o respeito, mas os meus Orixás, eles não são inferiores”.
“O dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) por si só já teria um peso simbólico, mas não é somente por isso. Em Araraquara, o 20 de novembro, foi criado porque é Dia dos Orixás. Dia se tornou de debate religioso. Foi uma vitória do movimento preto, do movimento candomblecista e de Umbanda. Araraquara foi a primeira cidade que instituiu um calendário religioso, através das pautas de religiões africanas”, explica.
O projeto ainda não foi aprovado, pois está em análise de constitucionalidade nas Comissões Permanentes.
ACIA é contra
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara (ACIA) José Janoni, emitiu nota público aos vereadores contrário ao feriado municipal no dia 11 de julho. “Todos nós sabemos o quanto faz falta um dia de estabelecimentos abertos, principalmente quando estoura um cano dentro de casa e aquela loja de encanamento está fechada, ou quando se precisa de uma peça para consertar o carro para fazer uma importante viagem, ou quando se precisa de uma flor ou uma lembrança para presentear aquela mãe que acabou de dar a luz”.
“As empresas, especialmente as micro e pequenas em conjunto, são as maiores empregadoras do nosso município. Elas sabem o quanto faz falta apenas um dia útil de serviço, principalmente quanto ainda não se arrecadou dinheiro suficiente para pagar o aluguel, ou a conta de energia elétrica ou a folha de pagamento dos trabalhadores ou apenas mais um dia de expediente para o trabalhador atingir a sua meta de vendas e receber o seu bônus de comissionamento e conseguir completar a sua renda e também honrar seus compromissos financeiros”.
Veja carta AQUI.