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Celebrado em 14 de março, o Dia Mundial do Rim 2024 tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância do acesso ao tratamento para as pessoas que vivem com doença renal. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) revelam que cerca de 3,1 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com algum tipo de problema nos rins, sendo que 1 em cada 10 mortes por ano é atribuída à Doença Renal Crônica (DRC).
Pensando nisso, o tema deste ano é “Saúde dos Rins – Exame de Creatinina para todos”, o que, segundo o nefrologista Henrique Carrascossi reforça a importância de avaliar a função renal e identificar precocemente qualquer problema.
“Essa análise é indicada para pessoas de todas as idades, mas especialmente aquelas com fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, histórico familiar da doença ou ainda aquelas que façam uso prolongado de medicamentos que possam afetar a função dos rins”.
Além dos exames preventivos, Carrascossi também alerta para a necessidade de se manter um estilo de vida saudável, que preserve a saúde dos rins, o que inclui uma alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas. Garantir que a pressão arterial, obesidade e demais condições estejam sob controle também é indispensável.
A SBN informa ainda que a DRC é, desde 2019, a 7ª principal causa de morte em todo o mundo. Entre 5 e 11 milhões de pessoas morrem anualmente devido a problemas nos rins, especialmente em locais com poucos recursos, devido à lesão renal aguda ou à falta de acesso à tratamentos adequados para insuficiência renal.
“Portanto, o dia de hoje não serve apenas para conscientizar os pacientes, mas também para alertar sobre a necessidade de maiores investimentos em políticas públicas, que garantam mais assertividade em rastreamento, diagnóstico e tratamento de qualidade. Fortalecer os profissionais e centros de saúde é essencial para melhorar o acolhimento e bem-estar daqueles com DRC”, explica Carrascossi.
Importância do diagnóstico precoce
A doença renal é muito caracterizada pela sua lenta progressão, o que permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal. Dessa forma, embora não exista cura para a doença renal crônica, um diagnóstico precoce possibilita um tratamento que possa retardar ou interromper a progressão do problema.
Caso haja sintomas como diminuição do volume ou alteração na cor da urina, dificuldade de concentração, diminuição do apetite ou incômodo ao urinar, a recomendação é procurar a ajuda de um nefrologista. Inchaço nos olhos, tornozelos e pés, dor lombar, fraqueza, enjoos e vômitos também são sinais que merecem atenção.
