Os servidores municipais de Araraquara vão cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (21). A greve da categoria foi decidida depois que uma sessão extraordinária foi convocada na Câmara para o mesmo dia. Parte dos vereadores, a 10 dias de deixarem seus cargos, vão decidir o destino dos 7 mil trabalhadores do município, com a votação do projeto que prevê a mudança de regime de CLT para estatutário.
A convocação da Câmara prevê a realização de duas sessões extraordinárias, uma às 16h e outra 17 horas. A ideia é votar em dois turnos a proposta do Executivo. Representantes dos servidores tentaram convencer os parlamentares a retirar os projetos de pauta na tarde desta quinta-feira, mas sem sucesso, decidiram pela paralisação.
Por meio de nota o Sismar confirma a paralisação e argumenta que o projeto está sendo empurrado goela abaixo da categoria. "O Sismar não se conforma com a crueldade do governo na condução deste assunto. Não dialogou, deixou o debate ser pautado por vazamentos e nas redes sociais sem uma reunião sequer. Quando houve a reunião, foi para o prefeito dizer que não tem diálogo sobre a mudança de regime", diz a nota.
O prefeito Edinho Silva (PT) é questionado pela entidade pela falta de diálogo e sensibilidade com os funcionários públicos. "A greve é nosso último recurso. Mas, quando as portas do diálogo se fecham, a única maneira de seguir adiante é parar", finaliza.
Outra pauta
Os vereadores também vão votar na segunda-feira (21) as contas da Prefeitura de 2015, na época administrada por Marcelo Barbieri (MDB).
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo rejeitou as contas do município, mas a decisão final é dos parlamentares. No parecer o órgão aponta como grave o endividamento da cidade.
Os vereadores já votaram as contas de 2016 e aprovaram por 15 votos favoráveis contra dois contrários de Édio Lopes (PT) e Elton Hugo Negrini (PRTB).
