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20/07/2021 às 14h49min - Atualizada em 20/07/2021 às 14h49min

Ciclo menstrual irregular? Saiba o pode ser

Especialista alerta condições que podem influenciar. Confira

Direto da Redação
Foto: Canva

Durante toda a pandemia de Covid-19, relatos de alterações menstruais como mudanças na duração e fluxo, cólicas, menstruação atrasada ou adiantada e piora na tensão pré-menstrual, tornaram-se comuns.

Segundo a ginecologista e obstetra Tatiana Provasi Marchesi, esses acontecimentos podem ser associados ao aumento do estresse e ansiedade gerados pelo isolamento social.


“Mudanças no emprego, vida escolar dos filhos ou qualquer outra alteração de uma rotina estabelecida e segura podem desencadear uma situação em que altos níveis de estresse e ansiedade geram um pico de cortisol e adrenalina na região do cérebro, responsável pelo controle dos hormônios sexuais femininos, o que pode alterar o equilíbrio do ciclo menstrual”, diz.


Um estudo da Universidade Federal de Lavras (UFLA), também analisou os efeitos da crise atual em 948 mulheres em idade reprodutiva durante o período menstrual, constatando que além de variações de fluxo de sangramento e nos sintomas da TPM, 77% delas também apresentaram mudanças na cor e odor do sangue e até mesmo na libido.


Dessa forma, a especialista reforça que embora a Sars-CoV-2 também seja capaz de atingir o endométrio, em situações de grande estresse físico ou emocional, ganho ou perda de peso, o sistema nervoso central é alterado, assim como o hipotálamo e a hipófise, que são o centro regulador e estimulador do ovário. “Portanto, mudanças no sangramento podem não ser um resultado direto de infecção pelo coronavírus”.


 


 

Outro fator importante apontado pela ginecologista é como os efeitos da pandemia sobre a saúde mental, ciclo menstrual e libido sugerem um possível efeito negativo sobre a função reprodutiva da mulher, podendo interferir na fertilidade, seja por anos após terminada a crise sanitária ou apenas por algum tempo.


“Atividades como meditação, exercícios físicos, controle do consumo de cafeína, boas noites de sono e até mesmo a psicoterapia podem ser úteis para reduzir os danos durante o período. Caso o problema persista por mais de três meses, o ideal é procurar uma ginecologista a fim de uma avaliação detalhada e que possa prevenir ou remediar prejuízos à qualidade de vida da mulher”, indica a especialista.





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