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20/04/2020 às 14h15min - Atualizada em 20/04/2020 às 13h14min

Balança comercial de Araraquara encolhe 16,4% no primeiro trimestre

A balança comercial de Araraquara, que leva em conta as exportações e as importações realizadas com o resto do mundo, registrou superávit de US$ 105,6 milhões no primeiro trimestre de 2020, posicionando o município no 22º lugar do ranking paulista de exportações. No entanto, o montante é 16,4% menor que o saldo positivo de US$ 126,2 milhões obtido no mesmo período do ano passado.  A redução acontece em meio à desaceleração da economia mundial, processo que vem se intensificando com o avanço da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). De acordo com levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, com base nos dados divulgados pelo Ministério do Comércio Exterior, as exportações somaram, de janeiro a março de 2020, US$ 120,2 milhões, valor 12,2% menor do que os R$ 136,8 milhões registrados no mesmo período de 2019. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 14,6 milhões – alta de 37,9% na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior. Em relação ao ranking de países importadores, Holanda, Estados Unidos e China mantiveram-se posicionados nos três primeiros lugares, mas com queda no valor total transacionado. A Holanda, que no primeiro trimestre de 2019 havia importado cerca de US$ 72,3 milhões, reduziu sua demanda em aproximadamente 6,5% no primeiro trimestre deste ano, ou US$ 67,6 milhões. No mesmo período, Estados Unidos e China reduziram suas aquisições em 15% e 53,4%, respectivamente - queda de US$ 10,6 milhões. Outros países que atendem à demanda araraquarense da balança comercial representaram 40,72% do total importado pelo município. No cenário municipal, as importações no primeiro trimestre de 2020 registraram um aumento de 37,9% quando comparadas ao mesmo período do ano anterior. De um ano para outro, os produtos mais importados se diferenciam parcialmente. No primeiro trimestre de 2019, os adubos, fertilizantes, queijos e máquinas e equipamentos relacionados à atividade agrícola foram os itens mais importados. Já em 2020, os produtos resumiram-se em filé de peixe, máquinas e aparelhos relacionados à atividade agrícola e álcool etílico. No que diz respeito à conjuntura nacional, diversas medidas têm sido adotadas para facilitar a importação de aparelhos e utensílios que possam ser utilizados para combater a crise desencadeada pelo novo coronavírus. Segundo o Ministério da Economia, 177 produtos tiveram as tarifas de importação zeradas. Também foi simplificado o despacho aduaneiro de importação para evitar gargalos e manter o fluxo rápido dos bens essenciais, e os requisitos para importar dispositivos médicos, assim como se eliminou o licenciamento de importação, no que compete a Secex, Inmetro e Anvisa, para produtos essenciais. Para Marcelo Cossalter, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio, a forte queda da demanda mundial por commodities supera o incentivo dado às exportações pela desvalorização cambial. Do lado das importações, a desvalorização da moeda nacional encarece a compra de bens estrangeiros. Em períodos de elevada incerteza, por mais que as empresas recorram a instrumentos financeiros para se proteger da variação do dólar e mesmo que o Banco Central intervenha para atenuar as oscilações, a volatilidade excessiva nos mercados torna difícil a proteção por meio de contratos, prejudicando o comércio doméstico com outros países”.
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