A eletroestimulação é realizada através de dois pequenos eletrodos que são estrategicamente posicionados em locais específicos do crânio. Dessa forma, uma corrente muito baixa, de dois miliamperes (em pessoas adultas) atravessa o cérebro e estimula os neurônios.
“O aparelho que induz a eletroestimulação transcraniana também pode ser utilizado para o tratamento de diversas outras patologias, como parkinson, depressão, ansiedade, dor orofacial e até mesmo dor pós-operatória. A única diferença entre as abordagens será o local onde os eletrodos serão posicionados no crânio e a variação da amperagem de acordo com a idade do paciente”, comenta Masiero.
Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Rio Claro, e publicado na revista científica Neurorehabilitation & Neural Repair, avaliou o comportamento de 20 pacientes com Parkinson durante sessões de exercícios aeróbicos que foram combinadas com diferentes condições de estimulação transcraniana.
Segundo o fisioterapeuta Felipe Masiero, a estimulação elétrica transcraniana é capaz de potencializar os benefícios adquiridos por meio do exercício aeróbico, melhorando o andar dos pacientes logo após as sessões. “O processo então, possibilita um considerável ganho na variabilidade da marcha, no tempo de reação e também no controle da execução do andar desses pacientes.”
Dessa forma, observa-se que além dos exercícios físicos e das terapias medicamentosas, indivíduos que sofrem com determinadas doenças, como no caso do Parkinson, podem alinhar o uso da eletroestimulação a sua rotina de atividades físicas aeróbicas a fim de regredir ou de retardar a evolução do quadro.