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11/08/2020 às 21h45min - Atualizada em 12/08/2020 às 13h25min

Morre socorrista do Samu com suspeita de reinfecção por coronavírus

A secretária de Saúde de Araraquara, Eliana Honain, confirmou na noite desta terça-feira (11) ao portal Araraquara Agora que morreu o técnico de enfermagem João Duarte, de 65 anos, que estava internado no Hospital Estadual de Américo Brasiliense (HEAB), com diagnóstico de coronavírus. É o primeiro profissional da saúde da cidade a morrer em decorrência de complicações provocadas pela doença.

João é o paciente investigado pelo Serviço Especial da Saúde (Sesa) e pelo Instituto de Medicina Tropical porque teve dois diagnósticos positivos para a Covid-19. A vítima contraiu a doença em abril, apresentou sintomas leves e se tratou em casa, por meio de isolamento social e medicação. Agora, recentemente, voltou a apresentar sintomas, teve seu quadro clínico agravado, foi internado e agora não resistiu e morreu. Nas duas vezes seu teste clínico deu positivo para a doença.

Mistério

A reinfecção por Covid-19 ainda é um mistério para a ciência. São poucos os registros até agora e os cientistas ainda não conseguiram afirmar se, de fato, a pessoa contraiu a doença duas vezes ou se ela nunca deixou de carregar o vírus. Depois de um determinado tempo, por diversos fatores possíveis, a doença volta a se manifestar.

Recentemente um estudo desenvolvido pela conceituada universidade King’s College, de Londres, apontou que após três meses de infecção, pacientes que tiveram coronavírus apresentaram queda significativa no número de anticorpos que defendem o organismo da doença. Essa drástica redução tornaria o corpo humano suscetível a uma nova contaminação. Profissionais da saúde, que estão sempre em contato com pessoas que apresentam grande carga viral, seriam vítimas em potencial das reinfecções.

Esse mesmo estudo apontou que quanto mais grave o caso, mais anticorpos a pessoa apresenta e por mais tempo eles permanecem em bom número no organismo. Se comprovada a teoria, a Covid-19 seguiria o padrão de quatro outros tipos de coronavírus que tem o mesmo potencial e já circulam mundo a fora, mas com menor poder de disseminação e sintomas mais brandos.

A Organização Mundial da Saúde acompanha várias outras pesquisas que apontam para esse mesma afirmação. Isso poderia colocar em xeque a teoria da imunidade de rebanho. Nela, os cientistas defendem que quando a maior parte da população tiver se contaminado, o vírus não encontrará mais espaço para grandes surtos ou epidemias.


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