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Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil mortes ocorrem anualmente em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todos os óbitos no país.
Entre as principais causas estão as doenças associadas ou hereditariedade, porém, o estilo de vida também pode impactar em consequências para o coração, como no caso do tabagismo, má alimentação, sedentarismo e uso excessivo de anabolizantes.
Segundo o cardiologista Dr. Yuri Brasil, os problemas cardiovasculares e a hipertensão arterial têm sido os problemas mais constatados no público que faz o uso indevido dessas substâncias, especialmente indivíduos jovens que buscam seguir padrões estéticos ou adquirir uma melhora do desempenho físico em esportes.
“Trombose, hipertrofia do coração e hepatite também são alguns quadros comuns”.
O especialista explica que isso acontece, pois, os anabolizantes são usados em doses altíssimas, de cinco a 15 vezes maiores do que as doses utilizadas por médicos para repor hormônios em falta nos seus pacientes. Recentemente, o Conselho Federal de Medicina, inclusive, proibiu o uso de anabolizantes para fins estéticos, sob alegação de que não há comprovação científica o suficiente para garantir a segurança do paciente que usa essas substâncias.
“O alerta da comunidade médica apenas ecoa o que a sociedade vem observando nos últimos anos, isso é, um aumento do uso de anabolizantes pela população mais jovem. Portanto, explicar e alertar, de maneira didática, as principais consequências dessa prática é fundamental para prevenir que cada vez mais pessoas adoeçam ou até mesmo percam a vida devido a causas inteiramente evitáveis”, comenta o cardiologista.
Diante desse cenário, Dr. Yuri também recomenda que todos aqueles que desejam realizar alterações estéticas ou melhorar o seu desempenho em esportes, procurem a ajuda de especialistas a fim de que recebam um tratamento e orientações adequadas.
“A automedicação ou qualquer decisão que altere o funcionamento do organismo, sem uma devida supervisão profissional, sempre será altamente prejudicial”.
Formado pela faculdade de Medicina de Fernandópolis (UNICASTELO), Yuri Brasil tem especialização em Cardiologia Clínica pelo Instituto de Moléstias Cardiovasculares de São José do Rio Preto e especialização em Cardiologia Intervencionista e Hemodinâmica pela Santa Casa de São José do Rio Preto.
Atualmente é médico assistente do Departamento de Cardiologia Clínica e Intervencionista da Santa Casa de Araraquara, onde também tem seu consultório. Também é membro com título de Especialista em Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica Brasileira.
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