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08/09/2020 às 11h50min - Atualizada em 08/09/2020 às 11h50min

Preço médio da cesta básica aumenta em Araraquara

Após dois meses de quedas consecutivas, o valor médio da cesta básica em Araraquara apresentou leve alta de 0,3% durante agosto. De acordo com levantamento do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, o preço da cesta passou de R$ 637,42, em julho, para R$ 639,55, no mês passado. Na comparação interanual, houve elevação de aproximadamente 14%, saindo de R$ 560,48, em agosto de 2019, para os atuais R$ 639,55.

O mês foi marcado por um certo equilíbrio entre os encarecimentos e as reduções de preços. Dos 31 itens que compõem a cesta básica do município, 15 deles (48%) sofreram aumentos, enquanto 16 (52%) ficaram mais baratos. Na categoria de alimentos, as baixas atingiram 41% dos produtos analisados e, nos artigos de limpeza doméstica, as quedas, apesar de mais brandas, afetaram 75% dos itens. Já na categoria de higiene pessoal, 80% dos produtos analisados tiveram redução nos preços em agosto.

No acumulado do ano, a cesta básica araraquarense registrou alta de 3,35%, valor ligeiramente inferior ao observado entre janeiro e agosto de 2019, quando o aumento foi de 3,39%.

Evolução mensal no preço médio da cesta básica em Araraquara – 2020


Fonte/Elaboração: Sincomercio Araraquara

As maiores quedas de agosto atingiram o setor de hortifrúti, com redução média de 24%, com destaque para a cebola (-37%) e o alho (-29,1%). Na sequência, as reduções atingiram também o feijão carioca (-10,3%) e os ovos brancos (-6%). Ao todo, porém, os itens de alimentação subiram 0,87% no período.

Dentre os alimentos em alta, o destaque foi o óleo de soja, com elevação mensal de 22,5%. Na análise semanal, foi observada grande amplitude nos preços praticados no decorrer do mês, variando de R$ 3,45, na segunda semana, a R$ 5,99, na última semana de agosto.

João Delarissa, pesquisador do Sincomercio Araraquara, explica que a alta expressiva observada tanto no óleo como nos demais produtos derivados da soja está relacionada às elevadas cotações do grão nos mercados doméstico e internacional. “Cotado em dólar, a desvalorização do real frente à moeda americana incentiva a exportação da soja, o que reduz a quantidade do grão no mercado interno e pressiona seus preços para cima. Corroborando esse cenário, foi observado nos últimos meses um aumento na demanda chinesa pela soja brasileira, que, em agosto, foi de 5% na comparação mensal.”

Por outro lado, a demanda nacional pelo grão foi elevada pelo aumento no consumo dos produtos derivados da soja, assim como na utilização para a produção de biodiesel, consumido internamente. “Nesse cenário, o aumento da demanda pressiona as cotações para cima, resultando em margens de lucro maiores para os produtores nacionais e preços mais altos nas gôndolas dos supermercados”, pontua Marcelo Cossalter, também pesquisador do sindicato.

Evolução da taxa de câmbio (R$/US$) e do preço médio do Óleo de Soja em Araraquara – janeiro a agosto de 2020


Fonte: Banco Central do Brasil e Sincomercio Araraquara.
Elaboração: Sincomercio Araraquara


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