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25/09/2020 às 16h12min - Atualizada em 25/09/2020 às 14h05min

Pessoas com mais de 50 anos e com hábitos não saudáveis são mais suscetíveis ao câncer colorretal

O falecimento do ator Chadwick Boseman, conhecido por interpretar o herói Pantera Negra nos cinemas, chocou milhões de fãs ao redor do mundo, mas também levantou questões a respeito do câncer colorretal, doença que o astro enfrentava nos últimos quatro anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que todo mais de 40 mil casos da enfermidade surjam no Brasil.

A campanha Setembro Verde se destina à realização de diversas ações e eventos que tragam esclarecimento e conscientização da população a respeito da doença, criando um alerta para sintomas que podem ser desconsiderados durante o dia a dia. O médico oncologista, Dr. Luís Henrique de Carvalho, explica que no caso de enfermidades oncológicas o diagnóstico precoce é fundamental.

Segundo Dr Luís Henrique, esse tipo de câncer tem incidência similar entre homens e mulheres, sendo que os principais fatores de risco se apresentam nos indivíduos acima de 50 anos, como excesso de peso e alimentação pouco saudável, o consumo de carnes processadas ou excesso de carne vermelha.

“Outros fatores são o histórico familiar de câncer de intestino e doenças inflamatórias intestinais como a retocolite ulcerativa, doença de Crohn e polipomatose adenomatosa familiar. O tabagismo também possui ligação de risco e profissionais que atuam com radiação ionizante devem adotar medidas de segurança”, diz.

Entre os principais sintomas apresentados estão a presença de sangramento nas fezes, alterações do hábito intestinal (diarreia e obstipação alternados), dor ou desconforto abdominais, fraqueza e anemia, perda de peso e alteração no formato das fezes, como afilamento.

Prevenção e tratamento

Com uma taxa de mortalidade elevada – aproximadamente 19 mil óbitos foram registrados em 2018 – é preciso manter alguns cuidados preventivos a fim de evitar o desenvolvimento da doença. Segundo o médico, algumas dessas práticas consistem em manutenção adequada do peso, prática de atividades físicas, não fumar e evitar o uso ou consumir álcool de forma moderada.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também preconiza que pessoas acima dos 50 anos façam uma avaliação médica para o risco de câncer colorretal (exame de sangue oculto nas fezes e, em caso de positivo, colonoscopia). Já as pessoas com histórico familiar ou que tenham sintomas devem fazer a avaliação independente da idade.

O tratamento consiste em cirurgia com posterior quimioterapia associada ou não à radioterapia, a fim de diminuir a possibilidade de recidiva de doença. A sequência de processos depende da localização e extensão da doença. “Casos com quadro metastático (doença alojada em outros órgãos, como fígado, pulmões e ossos) são cuidados sem intuito de cura, mas com intenção de reduzir as lesões, evitar maior acometimento e diminuir os sintomas”, explica o médico.

Quem é Dr. Luís Henrique de Carvalho?

De origem paulista e formado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), o Dr. Luis Henrique também tem um coração araraquarense, com vínculo familiar na região. Atualmente é Coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas em Oncologia da Clínica Spero e do Centro de Oncologia da Santa Casa de Araraquara.

Atua ainda como Médico Oncologista e Coordenador do Grupo de Cuidados Paliativos da Unimed Araraquara, além de se dedicar como Professor Regente dos Internatos em Clínica Médica e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Araraquara.


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