Araraquara Agora Publicidade 728x90
18/10/2021 às 20h31min - Atualizada em 18/10/2021 às 20h31min

Entenda como a Covid-19 pode aumentar o risco de pré-eclâmpsia em gestantes

Ginecologista alerta para a importância do tratamento logo após a constatação de quadros hipertensivos

Foto: Canva/ Ilustração

Um estudo realizado pelo Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou que a presença do coronavírus em gestantes pode aumentar o risco de mulheres desenvolverem doença hipertensiva gestacional, incluindo a pré-eclâmpsia (pressão alta associada à perda de proteínas pela urina).

 

Segundo a ginecologista e obstetra Tatiana Provasi Marchesi, a Covid-19 durante a gravidez tem um forte papel em complicações sistêmicas para a mulher.


No caso da pré-eclâmpsia, a especialista explica que a condição ocorre devido a problemas no desenvolvimento dos vasos da placenta, o que resulta em alterações nos vasos sanguíneos e consequentemente na circulação placentária. “Um processo que dificulta o fluxo na região e aumenta a pressão arterial, também trazendo um grave risco de restrição de crescimento do feto dentro do útero.”


“O que o estudo sugere é a presença de partículas do SarS-CoV na placenta de mulheres infectadas, dando a entender que o vírus utiliza o mesmo receptor que atua no controle da pressão para entrar nas células. Dessa forma, acaba interferindo no fluxo sanguíneo da placenta e em adaptações circulatórias necessárias para o desenvolvimento fetal”, explica Marchesi.


A obstetra alerta que mais pesquisas ainda são necessárias para determinar o papel da Covid-19 na ocorrência da pré-eclâmpsia, pois os dados fornecidos até o momento não são suficientes para afirmar com precisão a influência do vírus nessa condição. “Porém, quadros de doença hipertensiva ou de infecção pelo coronavírus durante a gestação são graves, independentemente de qualquer outro fator, e devem ser tratados imediatamente.”


“Nesses casos, o tratamento contará com medicações controladas, seguimento dos níveis pressóricos, exames laboratoriais específicos e ultrassom com estudo Doppler para avaliar com precisão a função placentária e repercussões fetais. Quadros mais graves ainda podem precisar de internação hospitalar e até mesmo requererem, infelizmente, a interrupção da gestação”, orienta Dra. Tatiana.


 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Araraquara Agora Publicidade 1200x90