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01/11/2021 às 11h20min - Atualizada em 01/11/2021 às 11h20min

Molécula derivada de corante ftalocianina é capaz de inativar o coronavírus

Testes feitos no Instituto de Ciências Biomédicas da USP foram publicados na revista Scientific Reports

Elton Alisson/ Agência FAPESP
Foto: Reprodução/ Governo de SP

Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), em parceria com a empresa Golden Technology, conseguiram produzir em escala uma molécula derivada do corante ftalocianina capaz de inativar o SARS-CoV-2.

 

Testes feitos no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) e publicados na revista Scientific Reports demonstraram que o composto reduziu em 99,96% a carga viral em culturas de células sem causar alterações metabólicas (efeitos citotóxicos).

 

Já um ensaio clínico conduzido por pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) revelou que o uso intensivo de um enxaguante bucal contendo o composto antiviral por pacientes internados em um hospital público da cidade, em estágio inicial da infecção, contribuiu para diminuir os sintomas e o tempo de internação.

 

Os estudos tiveram o apoio da FAPESP.

 

A molécula é capaz de se ligar ao oxigênio presente no ar. Quando ocorre essa ligação, o oxigênio torna-se mais ativo, causando danos oxidativos no vírus”, diz à Agência FAPESP Koiti Araki, professor do IQ-USP e coordenador do projeto.

 

A ftalocianina de ferro possui grupos aniônicos – grupos iônicos com carga negativa – que ativam o íon de ferro situado no centro da molécula para que consiga se ligar ao oxigênio presente no ar e torná-lo reativo.

 

Dessa forma, o oxigênio passa a se comportar como o ozônio ou o peróxido de hidrogênio, causando danos oxidativos em microrganismos como vírus, fungos e bactérias.

 

Em parceria com pesquisadores da empresa Golden Technology, sediada em São José dos Campos, Araki conseguiu nos últimos anos desenvolver um processo para produzir a molécula em escala.

 

Esse ativo é difícil de produzir e os rendimentos eram muito baixos. No laboratório, conseguimos desenvolver um processo que diminuiu em mais de 90% a quantidade de resíduos e reagentes, bem como o tempo de produção”, afirma Araki.

 

A ideia inicial era aplicar a molécula para eliminar odores desagradáveis produzidos por microrganismos em tecidos e para a remoção de germes em diversos tipos de ambientes.

 

Confira a reportagem completa aqui


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