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16/09/2022 às 07h27min - Atualizada em 16/09/2022 às 07h27min

Família que caiu em golpe do falso médico em Araraquara desabafa "eles agem com a emoção da gente"

Prejuízo foi de quase R$ 4 mil; veja como foi o golpe

Direto da Redação
Foto Ilustrativa/ Marcello Casa/ Jr Agência Brasil

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Era algo bastante real. Eles (golpistas) agem na emoção da gente, sabem de tudo o que está acontecendo e ficamos preocupados”.

 

Esse é o desabafo de Daiane Ligabo de Sousa. O estado de saúde do pai, de 60 anos, é grave e ele está internado na UTI de um Hospital particular da cidade. Passando por uma situação delicada, a família foi alvo recente do golpe do “falso médico”, envolvendo a interação do pai.


 

O Golpe

 

A família recebeu a ligação na manhã da última quarta-feira (14), enquanto mãe e filha aguardavam o horário de visita para ver o pai, de 60 anos, que está internado na UTI do Hospital.

 

O falso médico disse que se chamava doutor André e trabalhava no hospital. Ele relatou que o pai de Daiane havia realizado diversos exames, com alteração em um deles, indicando hemorragia no pâncreas.

 

Como a situação do pai poderia piorar, segundo o golpista, era necessário que o paciente fizesse duas tomografias. O falso médico ainda disse que estava aguardando a autorização dos exames, mas que só conseguiria para hoje (16).

 

Prosseguindo com o golpe, o estelionatário indicou o nome de outra falsa profissional (Mariana), e que ela teria o equipamento para realizar o exame no mesmo dia (14), mas deveria ser bancado pela família e mais tarde a Unimed ressarciria. A “médica” iria ao hospital realizar os exames.

 

Ele falou que meu pai poderia ter falência dos órgãos. Nós ficamos assustados. Na hora da emoção e no nervoso, minha mãe disse que o exame poderia ser realizado”, disse.

 

O golpista explicou que o exame teria um custo de R$ 3,8 mil e que a família poderia transferir o dinheiro (via PIX), mas que não seria pago diretamente ao hospital. Vale lembrar que o número de celular era DDD 16.

 

A mãe de Daiane realizou a transferência do dinheiro na conta do falso médico. “Ele disse que era para aguardar a doutora Mariana na recepção do hospital, que a falsa profissional levaria uma autorização de exames para a minha mãe assinar”, disse.

 

Ele tinha informações do estado de saúde do pai e de todos os trâmites para realização de exames”, relata Daiane.

 

Mãe e filha foram até a recepção do hospital e perceberam a movimentação de outras famílias que tinham recebido uma ligação parecida. “Fomos informados de que nenhum médico com o nome de André trabalhava lá. Foi neste momento que percebemos que era um golpe”.

 

Naquela manhã, quatro pessoas tinham caído no golpe, porém à tarde mais famílias foram vítimas”. O golpista sabe o nome do paciente, o nome da pessoa responsável. Ele tinha informações sigilosas, de dentro do hospital, que nem a família sabe”, ressaltou.

 

Daiane ainda relatou que o hospital chamou a mãe, anotou os dados da transferência bancária e orientou a família a realizar um boletim de ocorrência.

 

Ligaram para a maioria dos paciente internados na UTI. O questionamento é sobre as informações que o golpista tinha ”, finalizou Daiane.

 

 

O que diz a Unimed

 

A Unimed ressaltou que é criteriosa com relação a informações de pacientes.Existe uma política de Lei Geral de Proteção de Dados implantada e de conhecimento de todos os colaboradores, que orienta o não compartilhamento e a confidencialidade de pacientes internados, bem como um termo assinado por todos os colaboradores. “Abrimos uma sindicância interna para apurar o ocorrido”.


Após a divulgação dos casos, decidiu publicar nas Redes Sociais, um comunicado relatando que familiares estão recebendo ligações de golpistas para realização de exames, mas que este não é o procedimento do hospital.

 

Nenhum médico cooperado ou do corpo clínico, está autorizado a realizar tal procedimento Tudo não passa de um golpe”.


O Portal Araraquara Agora acompanha o caso.


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