Por Rian Fernandes
Um repórter de uma rádio de Araraquara estaria entre os cerca de mil nomes do dossiê que a Justiça afirma ter sido elaborado pelo deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) contra antifascistas. Pelo menos é o que afirmou o jornalista Rogério Gentile, em uma publicação no UOL. O documento, conforme disse o parlamentar, foi entregue por Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, à Embaixada dos Estados Unidos.
Além do repórter araraquarense, a lista possui ainda o nome de um jornalista que trabalha no sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP, seis radialistas e pelo menos 70 professores, com a identificação das escolas em que eles poderiam ser encontrados e os seus telefones.
De acordo com a coluna, Douglas Garcia foi condenado a indenizar uma mulher que teve o nome e dados particulares colocados no dossiê entre pessoas que o deputado chama de "terroristas". O juiz Guilherme Ferreira da Cruz, da 45ª Vara Cível Central da Capital, que o condenou a pagar um valor de R$ 20 mil afirmou que o deputado não apresentou provas de que as pessoas da lista são violentas, criminosas ou terroristas.
Ainda conforme a coluna, o deputado teria feito um vídeo nas redes sociais sobre a lista, que estaria composta até mesmo com fotos.
"À Justiça, Garcia negou que tivesse participado da elaboração e da divulgação do dossiê, mas admitiu que o encaminhou para autoridades. Ele pretende recorrer da decisão judicial", esclareceu a coluna do UOL. Em uma outra publicação feita pelo mesmo jornalista, Rogério Gentile, a Embaixada dos EUA contradisse o parlamentar, negando ter recebido o dossiê antifascista.
"Procurado pela coluna, Douglas Garcia e Eduardo Bolsonaro não responderam aos questionamentos enviados para os seus emails", salientou Rogério Gentile na publicação do material.