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21/08/2021 às 12h00min - Atualizada em 21/08/2021 às 12h00min

Taxistas que criaram raízes em Araraquara

Conheça histórias de gente comum que ajuda a cidade crescer

Cassiane Chagas

Aos 204 anos, Araraquara ainda é movida por histórias. São ruas, avenidas e praças, onde muitas pessoas passam todos os dias. Algumas delas seguem em passos mais apressados, outras conseguem caminhar observando as árvores centenárias. Tem ainda uma parcela de pessoas que consegue sentar e recordar de eventos da vida ocorridos na frente daquele pedaço de Araraquara. Passos frenéticos ou não, todos tem histórias com a cidade. Seja do centro histórico ou dos bairros mais novos.

 

Entre a Zona Norte e Sul, Leste ou Oeste trafegam, carregando algumas histórias vivas, dois colegas taxistas, que tem também seus enredos com a cidade. O seu Petrônio Alves Azevedo mora no Jardim Imperador, tem 70 anos, é taxista há 11 anos. Tem muito tempo de vida na cidade, mesmo não nascendo aqui.

 

Eu sou de Campina Grande, na Paraíba. Mas moro em Araraquara desde 1966. Estou aqui há 54 anos. Eu adoro Araraquara. Sou um apaixonado. É a cidade que eu tenho no meu coração”.

 

Seu Petrônio passou maus bocados com a pandemia, mas sempre acreditando que tudo passaria. Ele ainda acredita. “A pandemia atrapalhou bastante, tem ainda muita gente desempregada, mas as coisas estão começando a melhorar com a vacinação. A tendência é essa”.


O ponto de táxi onde seu Petrônio trabalha é aquele localizado na Avenida Portugal, próximo ao Palacete das Rosas, lugar histórico da cidade. Do ponto de táxi, onde ele espera levar alguém para o destino desejado, dá para ver uma grande árvore, que cobre parte do céu daquela região.


Seu Hilton Dias da Silva, que também trabalha nesse ponto de táxi, é colega do seu Petrônio. Ele tem 75 anos e há 20 anos é taxista. “Eu nasci em Minas Gerais, mas eu vim para cá quando tinha uns nove anos de idade. Eu já fiquei mais paulista do que mineiro”, brinca.


Faz uns 60 anos que eu estou aqui. Eu me dou bem. Já existe uma estabilidade. Você conhece todo mundo, já criou uma família aqui”.

 

Ele conheceu a sua esposa em Araraquara e ganhou da cidade seus três filhos.

 

As ruas do centro encantam seu Hilton, mas ele também se recorda das árvores no bairro onde mora, no Cecap I. Durante um período da história, tinha um significado especial.

 

Na rua onde eu moro, tinha uma carreira de ipê-amarelo. Quando chegava essa época das flores, você chegava na rua e via tudo amarelado. Aquele amarelão bonito de se ver. Vinha gente de tudo quanto é lado para ver as árvores, para tirar fotos. Era muito bonito”.

 

 

Também sentado à espera de uma solicitação de corrida, seu Hilton sempre desenvolve uma prosa com os colegas taxistas embaixo da bela árvore, do lado do patrimônio histórico da cidade, ponto de grande movimento de carros e de gente. Vida que segue.


Muitas histórias, minha morada: Araraquara.



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