Os três envolvidos na morte do cabo da Polícia Militar Elias Mathias Ribeiro, de 50 anos, estão sentados no banco dos réus nesta terça-feira (19). Eles respondem pelo crime de homicídio.
O julgamento era para ter acontecido em fevereiro, mas foi cancelado devido a Fase Vermelha do Plano São Paulo, estabelecida por decreto em Araraquara.
Respondem pelo crime, Genivaldo da Silva, de 54 anos, Jaciane Maria, de 40 anos, e sua filha Larissa, de 22 anos. Os três estão presos desde o assassinato, em 4 de junho de 2019. O advogado Ariovaldo Moreira defende mãe e filha.
O crime
No processo, segundo a polícia, Jaciane é apontada como mandante do crime. Ela teria pedido ao tio para assassinar o policial. A motivação do assassinato seria um vídeo íntimo em que Matias aparece mantendo relações sexuais com a filha mais nova de Jaciane, na época, com 20 anos. A filha mais velha, Larissa, teria ajudado no crime, segundo a investigação. As duas alegam inocência.
O delegado Fernando Bravo, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), disse na época das investigações, que a filha mais nova não tinha conhecimento do plano e por isso foi ouvida apenas como testemunha. O pedreiro Genivaldo da Silva confessou que matou o policial com cinco marretadas a pedido da sobrinha.
Mathias foi convidado por Jaciane para dormir na casa dela, no Jardim Victório de Santi. Lá ele foi dopado até a chegada de Genivaldo que o golpeou várias vezes.
O corpo foi enrolado em um tapete e colocado no porta-malas da Hyundai/Tucson de Matias. O veículo foi levado até um canavial na Vicinal José Barbanti Neto, que liga Américo Brasiliense até a Rodovia SP-255 e depois incendiado. O corpo de Matias foi carbonizado.
O trabalho da Polícia Civil nesse caso foi rápido e muito elogiado na época. Em questão de horas os suspeitos estavam presos e enorme quantidade de provas foram apresentadas contra eles.
Uma simulação do crime aconteceu 3 dias depois e apontou diversas divergências entre os depoimentos.
Perícia Premiada
Por causa do trabalho de elaboração dos laudos técnicos e científicos, dois peritos da Polícia Civil de Araraquara receberam o prêmio Policial Nota 10, em São Paulo. Foi a primeira vez que policiais da cidade receberam esse reconhecimento.
Os homenageados, na época foram Rafael Rodrigues Hatanaka e Rafael Rodrigues de Matos.
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