O trio acusado pela morte do cabo Elias Mathias Ribeiro, de 50 anos, foi condenado em Araraquara. Eles estavam presos desde o assassinato, em 4 de junho de 2019. Os advogados vão entrar com recurso.
O julgamento, a juri popular, foi presidido pelo Juiz José Roberto Bernadi Liberal e terminou no final da noite desta terça-feira (19), após ser adiado em fevereiro, devido a Fase Vermelha do Plano São Paulo, estabelecida por decreto em Araraquara.
Genivaldo da Silva, de 54 anos, foi condenado a 20 anos de prisão, por homicídio triplamente qualificado, somados a mais um ano e dois meses por ocultação de cadáver.
Jaciane Maria, de 40 anos, foi condenada a 28 anos por homicídio triplamente qualificado, somados a mais um ano e dois meses por ocultação de cadáver.
Sua filha Larissa, de 22 anos foi condenada a cumprir pena de 24 anos por homicídio triplamente qualificado e foi absolvida pelo crime de ocultação de cadáver.
O crime
No processo, segundo a polícia, Jaciane é apontada como mandante do crime. Ela teria pedido ao tio para assassinar o policial. A motivação do assassinato seria um vídeo íntimo em que Matias aparece mantendo relações sexuais com a filha mais nova de Jaciane, na época, com 20 anos. A filha mais velha, Larissa, teria ajudado no crime, segundo a investigação. As duas alegam inocência.
O delegado Fernando Bravo, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), disse na época das investigações, que a filha mais nova não tinha conhecimento do plano e por isso foi ouvida apenas como testemunha. O pedreiro Genivaldo da Silva confessou que matou o policial com cinco marretadas a pedido da sobrinha.
Mathias foi convidado por Jaciane para dormir na casa dela, no Jardim Victório de Santi. Lá ele foi dopado até a chegada de Genivaldo que o golpeou várias vezes.
O corpo foi enrolado em um tapete e colocado no porta-malas da Hyundai/Tucson de Matias. O veículo foi levado até um canavial na Vicinal José Barbanti Neto, que liga Américo Brasiliense até a Rodovia SP-255 e depois incendiado. O corpo de Matias foi carbonizado.
O trabalho da Polícia Civil nesse caso foi rápido e muito elogiado na época. Em questão de horas os suspeitos estavam presos e enorme quantidade de provas foram apresentadas contra eles.
Uma simulação do crime aconteceu 3 dias depois e apontou diversas divergências entre os depoimentos.
Perícia Premiada
Por causa do trabalho de elaboração dos laudos técnicos e científicos, dois peritos da Polícia Civil de Araraquara receberam o prêmio Policial Nota 10, em São Paulo. Foi a primeira vez que policiais da cidade receberam esse reconhecimento.
Os homenageados, na época foram Rafael Rodrigues Hatanaka e Rafael Rodrigues de Matos.
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