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29/09/2022 às 10h29min - Atualizada em 29/09/2022 às 10h29min

Obra da Ponte dos Machados patina e moradores se arriscam em desvio; 'insustentável’

Carros, caminhões e motocicletas trafegam em meio a lama e via escorregadia

Direto da Redação
Colaboração

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Friozinho: Temperaturas caem nesta quinta-feira (29) na região de Araraquara.




A finalização das obras da Ponte dos Machados ainda patina e gera indignação de motoristas, que precisam utilizar um desvio de estrada de terra.

 

Nos últimos dias a situação ainda é pior. Por conta das chuvas, a estrada está escorregadia, com lama acumulada e muitos buracos. Os motoristas precisam de cuidados redobrados para evitar acidentes no trajeto.

 

A cirurgiã dentista Carolina Salvini, moradora de Araraquara, trabalha em Ribeirão Bonito e utiliza o desvio quatro vezes por semana. Não tem sido fácil para a profissional, porém em períodos de chuva, é impossível trafegar pela estrada de terra. “Não tem como”.

 

É um absurdo. Ao menos um trator deveria ficar no desvio para fazer a manutenção, porque não dá mais. Não tem como trafegar”, relata.

 

Outra internauta relatou que na manhã desta quinta-feira (29), carros ficaram atolados. “Misericórdia! Não têm condições de trafegar naquele desvio. São mais de oito carros atolados. Acabamos de passar pelo local (29), não tem condições. Tem que ser feito alguma coisa. Já passou da hora desse prefeito entregar a obra da ponte”.

 

Cada mês que passa, ele inventa uma história. Chega! Já ultrapassou todos os limites. É uma falta de respeito”, desabafa.

 

 

A cirurgiã dentista Carolina Salvini ainda relata que era necessário, pelo menos, manutenção no desvio. “Tem que utilizar a estrada de terra? Tudo bem, a gente usa, mas não enrola para entregar a ponte. Ao menos dê uma certa manutenção nesta estrada de terra. Passa um trator, deixa liso o local para ter condições de trafego, mas não. Temos que trafegar e nos virarmos. Um absurdo”.

 

Carol ainda relata que os motoristas de carros dividem a estrada com grandes caminhões de cana, que trafegam pelo local principalmente durante a noite. “A situação está muito complicada”, ressalta.

 

A cirurgiã dentista ainda confessa o medo de assalto naquele desvio. “Tem relato de pessoas que foram assaltadas. Além do motorista correr o risco de quebrar o carro, tem ainda que passar por esse transtorno. Difícil”, desabafa.

 

Diversos motoristas, que utilizam a via, cobram é a finalização da obra da ponte. “Faz mais de um ano, nunca entregam e a gente, que paga os impostos, que trabalha, que traz receita para o município, tem que passar por uma situação dessas”, reclama a cirurgiã.

 

Ela ainda explica que em dias sem chuva, os motoristas enfrentam poeira e buracos. “Pede para o prefeito passar pelo local todos os dias ou o secretário de obras para trabalhar. Eles não passam. Saem bonitinhos e limpinhos das casas deles. Não precisam passar por isso”, ressalta.

 

A profissional desabafa “Se o meu carro quebrar, eu vou processar a prefeitura. Eu trafego pelo local obrigada. Eles precisam ser responsabilizados, precisam ter vergonha na cara”, enfatiza a cirurgiã dentista Carolina Salvin.

 

 

Insustentável. E as pessoas que moram em Guarapiranga, por exemplo, para virem para Araraquara. Vão ter que dar uma volta toda a volta por Ribeirão Bonito, Dourado, Boa Esperança, quando eles poderiam andar cerca de 20 quilômetros?”, questiona.

 

Nós entramos em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura e assim que obtivermos respostas, atualizaremos a matéria.

 


180 dias de Obras

 

Na última semana, a Prefeitura emitiu nota dizendo que os trabalhos na Ponte seriam retomados nesta semana após uma reunião com a empresa responsável.

 

A próxima fase da construção será a quarta e última, segundo a prefeitura, com instalação das peças pré-moldadas para a conclusão do projeto. Agora, um aditivo do contrato será publicado pelo Governo do Estado de São Paulo, prevendo mais 180 dias de obras.
 

"Essa obra é resultado de convênio com o Estado, no valor de R$ 2.1 milhões, e somente uma pequena parte é recurso próprio do município. Então todas as tratativas, de mudança na obra, readequação, tudo isso é feito em conjunto com o governo do Estado. Diante de todas as dificuldades, a Prefeitura se empenhou e conseguimos entrar em consenso com a empresa, encontrar um reequilíbrio possível para que ela possa retomar com mais afinco a execução da obra, porque sabemos o quanto ela é importante para a comunidade e para a região", destacou Juliana Agatte, secretária municipal de Governo, Planejamento e Finanças.


Vale lembrar que a obra da Ponte dos Machados é uma das obras atrasadas na cidade, assim como a nova sede do Corpo de Bombeiros. Alguns prazos de entrega já chegaram a ser divulgados, mas até agora a obra não foi concluída.


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