Moradores de Boa Esperança do Sul organizam uma passeata para este domingo (3) após um cavalo ter sofrido maus-tratos em uma propriedade rural de Dourado, cidade vizinha. O vídeo que repercutiu nas redes sociais mostram três pessoas agredindo o animal, indignando muitos internautas.
Depois da repercussão na internet e da denúncia do acontecido, a Polícia Ambiental iniciou os trabalhos no caso. Junto com uma equipe de zoonoses da Prefeitura de Dourado, os policiais foram até o local para averiguar a situação do animal. Informações dão conta de que as condições do cavalo agora são monitoradas, enquanto tudo é investigado.
Nas imagens do vídeo que repercutiu pelas redes sociais, duas pessoas seguram o cavalo com cordas, até que ele cai no chão. Em seguida, um terceiro chega agredindo o animal, junto de um dos que já estavam envolvidos na situação.
Vale lembrar que um projeto de Lei da Câmara dos Deputados, de 2019, decretou a proibição do uso de chicotes em animais em todo o território nacional. “O descumprimento do previsto nesta lei sujeita o infrator às sanções administrativas, cíveis e criminais cabíveis decorrentes da conduta de maltratar animais”, esclarece o documento.
Indignados com a situação e com o objetivo de combater novos casos de maus-tratos, uma passeata foi marcada em Boa Esperança do Sul. Envolvidos no ato de violência contra o animal seriam da cidade. O ato de conscientização e de manifestação acontecerá neste domingo (3), a partir das 9h, na praça do Skinão.
Pelas redes sociais, o prefeito de Boa Esperança do Sul, Manoel do Vitorinho, repudiou o acontecido. “O vídeo que repercutiu na internet de um cavalo sofrendo maus-tratos, em uma propriedade rural de Dourado, é de causar extrema indignação. O amor que um animal sente pelos seus donos jamais deve ser retribuído com violência e crueldade. Tenho a certeza de que as autoridades estão atentas ao caso e trabalham também para cuidar e proteger o animal, que merece ser tratado com dignidade”, disse.
A equipe de jornalismo do Portal Araraquara Agora procurou a Polícia Militar Ambiental para buscar mais informações sobre o andamento do caso, que confirmou que recebeu uma denúncia pela equipe de São Carlos.
Conforme informado, os envolvidos já foram qualificados e figuram como "autor direto" no processo administrativo. "Os responsáveis podem responder pelo crime capitulado no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98: Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos a pena pode ser de detenção, de três meses a um ano, e multa. Além de responder em processo administrativo aberto no ato da fiscalização por força da Resolução SIMA-5, de 18-1-2021", explica.