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Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostraram que cerca de 1,8 milhões de pessoas são vítimas de estelionatos com golpes do Pix e crimes virtuais anualmente. O advogado Guilherme Galhardo alerta que alguns cenários recentes incluem o QR code falso, a falsa central telefônica e alertas de problema com o Pix.
“O golpe do Pix no WhatsApp clonado também tem sido frequentemente relatado, quando os bandidos acessam as conversas da vítima e começam a enviar mensagens pedindo dinheiro para seus contatos” comenta o advogado.
Em todos os casos, é imprescindível não clicar em links estranhos, assim como estar atento ao contato para onde o dinheiro será enviado, além de nunca repassar dados pessoais por telefone ou e-mail, já que os bancos nunca ligam para seus clientes pedindo a confirmação de dados, nem tentam fazer testes com o Pix.
“Outra dica é que, caso cheguem mensagens ou e-mails com quaisquer pedidos de dinheiro por parte de algum familiar ou amigo, as pessoas sempre optem por ligar para a pessoa ou fazer chamada de vídeo, a fim de confirmar a situação”, diz Galhardo.
Mantenha-se nos canais oficiais
Guilherme Galhardo recomenda que as pessoas sempre façam o cadastro das chaves do Pix e todas as operações futuras usando apenas os sites, aplicativos e plataformas oficiais das instituições financeiras. Jamais fornecer a senha ou tokens fora dos ambientes digitais dos bancos, assim como evitar fazer transparências em público, também é importante.
“Lembrando de sempre desconfiar de promoções muito atrativas e que prometem exagerados benefícios, além de checar diversas vezes as informações do contato de destino de qualquer dinheiro antes de confirmar operações de transferência ou Pix”, diz Galhardo.
As táticas de golpe se aperfeiçoam todos os dias, especialmente as que envolvem o golpe do Pix, o que muitas vezes torna difícil identificá-las. “Portanto, busque se manter constantemente informado e caso suspeite de alguma situação, entre em contato com a sua instituição financeira imediatamente”, recomenda Galhardo.
Como denunciar
Segundo o advogado Guilherme Galhardo, existe um caminho a seguir quando ocorre o crime, sendo que a primeira coisa a ser feita é entrar em contato imediato com a instituição financeira para tentar bloquear a transação ou recuperar o dinheiro.
“No caso do Pix, o bloqueio preventivo deve ser feito em até 30 minutos após a transação, caso ela tenha sido realizada de dia, ou em até uma hora caso tenha sido feita à noite. Dessa forma, as partes são notificadas da tentativa de golpe e o dinheiro fica retido por até 72 horas”, diz Galhardo.
Caso não seja possível recuperar os valores, o advogado indica outros caminhos: acionar o Procon ou Poder Judiciário. “Para isso, é importante ter em mãos um boletim de ocorrência, que também contribui para o monitoramento dos casos e identificação de padrões nos golpes. Além disso, vale denunciar o ocorrido na instituição financeira para a qual o dinheiro foi transferido, assim é possível monitorar a conta do golpista para tomar as medidas cabíveis.”