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15/08/2023 às 11h25min - Atualizada em 15/08/2023 às 11h25min

Golpes do Pix e crimes virtuais já atingem milhões de brasileiros; veja como se proteger

Advogado Guilherme Galhardo orienta como evitar as situações e indica os canais de denúncia

Foto Ilustrativa/ Marcello Casal Jr por Agência Brasil

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Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostraram que cerca de 1,8 milhões de pessoas são vítimas de estelionatos com golpes do Pix e crimes virtuais anualmente. O advogado Guilherme Galhardo alerta que alguns cenários recentes incluem o QR code falso, a falsa central telefônica e alertas de problema com o Pix.

 

“O golpe do Pix no WhatsApp clonado também tem sido frequentemente relatado, quando os bandidos acessam as conversas da vítima e começam a enviar mensagens pedindo dinheiro para seus contatos” comenta o advogado.
 


Em todos os casos, é imprescindível não clicar em links estranhos, assim como estar atento ao contato para onde o dinheiro será enviado, além de nunca repassar dados pessoais por telefone ou e-mail, já que os bancos nunca ligam para seus clientes pedindo a confirmação de dados, nem tentam fazer testes com o Pix.


“Outra dica é que, caso cheguem mensagens ou e-mails com quaisquer pedidos de dinheiro por parte de algum familiar ou amigo, as pessoas sempre optem por ligar para a pessoa ou fazer chamada de vídeo, a fim de confirmar a situação”, diz Galhardo.
 



Mantenha-se nos canais oficiais

 

​Guilherme Galhardo recomenda que as pessoas sempre façam o cadastro das chaves do Pix e todas as operações futuras usando apenas os sites, aplicativos e plataformas oficiais das instituições financeiras. Jamais fornecer a senha ou tokens fora dos ambientes digitais dos bancos, assim como evitar fazer transparências em público, também é importante.

 

​“Lembrando de sempre desconfiar de promoções muito atrativas e que prometem exagerados benefícios, além de checar diversas vezes as informações do contato de destino de qualquer dinheiro antes de confirmar operações de transferência ou Pix”, diz Galhardo.
 


​As táticas de golpe se aperfeiçoam todos os dias, especialmente as que envolvem o golpe do Pix, o que muitas vezes torna difícil identificá-las. “Portanto, busque se manter constantemente informado e caso suspeite de alguma situação, entre em contato com a sua instituição financeira imediatamente”, recomenda Galhardo.
 

 


Como denunciar

 


Segundo o advogado Guilherme Galhardo, existe um caminho a seguir quando ocorre o crime, sendo que a primeira coisa a ser feita é entrar em contato imediato com a instituição financeira para tentar bloquear a transação ou recuperar o dinheiro.

 

“No caso do Pix, o bloqueio preventivo deve ser feito em até 30 minutos após a transação, caso ela tenha sido realizada de dia, ou em até uma hora caso tenha sido feita à noite. Dessa forma, as partes são notificadas da tentativa de golpe e o dinheiro fica retido por até 72 horas”, diz Galhardo.

 

 

Caso não seja possível recuperar os valores, o advogado indica outros caminhos: acionar o Procon ou Poder Judiciário. “Para isso, é importante ter em mãos um boletim de ocorrência, que também contribui para o monitoramento dos casos e identificação de padrões nos golpes. Além disso, vale denunciar o ocorrido na instituição financeira para a qual o dinheiro foi transferido, assim é possível monitorar a conta do golpista para tomar as medidas cabíveis.”
 

 

  • Graduado em direito pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, Guilherme Galhardo Antonietto é especialista em direito civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e também possui título de Mestre em Direito pela Universidade de Araraquara.
  • Atualmente, Galhardo é palestrante e professor de direito civil. Também é advogado-sócio no escritório Galhardo Sociedade de Advogados e atua como colunista da coluna ‘Papo Jurídico’ do site Migalhas.

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