O Sesa ( enviou 12 amostras de pacientes com Covid-19 leve, moderada e grave para análise do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, órgão vinculado à USP (Universidade de São Paulo). Essas amostras foram colhidas em cinco pacientes que estavam no Hospital da Solidariedade (hospital de campanha), cinco no Pronto-Socorro do Melhado e dois na UPA da Vila Xavier (polo de triagem).
A nova cepa, já registrada em alguns países do mundo e em cidades brasileiras, significa que o coronavírus passou por mutações e alterações em seu material genético conforme foi sendo transmitido de pessoa para pessoa.
“Houve um agravamento da pandemia nas últimas semanas e nós precisamos identificar o que mudou. Para monitorar a possível circulação da nova cepa, pedimos auxílio ao Sesa, que nos atendeu prontamente”, afirma a secretária de Saúde, Eliana Honain.
Agravamento
Entre os profissionais de saúde, as últimas semanas foram vistas com preocupação. Pacientes mais novos estão tendo complicações da Covid-19, e não apenas os grupos de risco (principalmente idosos), como geralmente era até o ano passado.
No início desta semana, por exemplo, duas mulheres de 35 e de 49 anos morreram em decorrência da Covid-19. Entre o final de janeiro e o começo de fevereiro, também foram registrados óbitos em um homem de 27 anos e em três mulheres de 26, 30 e 31 anos.
Como comparação, dos 15 óbitos ocorridos por Covid-19 em dezembro de 2020, o paciente com idade mais nova tinha 58 anos.
“Houve um aumento da transmissão e das complicações da doença, com crescimento no número de internações e agravamento mais rápido em pessoas mais novas”, explica Eliana.
O agravamento da pandemia e o aumento de internações pressionaram o sistema público e privado de saúde de toda a região, o que levou a Prefeitura e a Fungota a ampliarem os leitos de enfermaria no Pronto-Socorro do Melhado, contratarem mais profissionais de saúde e ampliarem a produção de oxigênio no hospital de campanha para conseguir receber mais pacientes.
Mesmo assim, o distanciamento social, uso de máscaras e a higienização frequente das mãos são essenciais para a contenção da curva de crescimento da Covid-19 em Araraquara.