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20/09/2021 às 07h29min - Atualizada em 20/09/2021 às 07h29min

IPTU ficará mais caro em Araraquara

Reajuste será de 9,68% a partir do ano que vem

Direto da Redação
Foto: Prefeitura

Os araraquarenses vão ter que refazer as contas, pois mais um reajuste está previsto para o início do ano que vem. No último sábado (18) a Prefeitura divulgou, em seus atos oficiais, o decreto municipal que reajusta os valores venais imobiliários do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) a partir do exercício de 2022.

 

O reajuste de 9,68% foi definido pela Secretaria Municipal de Governo, Planejamento e Finanças considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado no período de setembro de 2020 a agosto de 2021, ou seja, nos últimos 12 meses. Segundo o executivo, o aumento no valor do IPTU ocorre “após dois anos sem atualização ou reajuste com base na inflação do período”, disse em nota.

 

De acordo com a secretária de Governo, Planejamento e Finanças, Juliana Agatte, desde 2018 a Prefeitura não faz essa atualização ou o reajuste com base na inflação. Se isso fosse feito, hoje esse índice chegaria a 21%.

 

"Ao mesmo tempo, no decorrer desse período, estamos vivenciando custos maiores e elevação de preços. Para que o município não perca em arrecadação e consiga fazer frente às suas despesas, estamos atualizando o valor do IPTU na ordem de 9,68%. Ou seja, estamos apenas repondo a inflação dos últimos 12 meses, mesmo as perdas do período tendo sido maiores, porque entendemos a atual situação econômica difícil para todos", afirma Juliana Agatte.

 

Agatte reforça o esforço da Prefeitura no último período para manter os serviços públicos nas diversas áreas em funcionamento, mesmo com a inevitável drenagem de recursos do próprio municipal para a saúde, em especial, para o enfrentamento à pandemia.

 

"O Município teve que investir muitos recursos próprios para poder enfrentar a pandemia. Precisamos fazer uma estrutura além do que já tínhamos no início de 2020. Foram grandes investimentos e que realmente valeram a pena, porque muitas vidas foram salvas através da nossa capacidade de resposta rápida no enfrentamento da pandemia", analisa a secretária de Saúde, Eliana Honain.

 

Enfrentamento a Covid-19

 

Segundo a Prefeitura, de cada R$ 100 utilizados nas ações de combate à pandemia da Covid-19 em Araraquara neste ano, até agosto, R$ 71 saíram dos cofres públicos do Município. Outros R$ 14 vieram do Governo Federal, R$ 12 do Governo do Estado e R$ 3 do Fundo Municipal de Saúde.

 

Entre os investimentos feitos neste ano estão a abertura de novos leitos para internação, ampliação da despesa com medicamentos e com testagem e implantação de fábrica de oxigênio no Hospital da Solidariedade (hospital de campanha) e na unidade de retaguarda do Melhado.

 

Ações de outras secretarias, mas também vinculadas à Covid-19, estão incluídas nessas despesas. É o caso da aquisição de alimentos para a Rede de Solidariedade atender famílias em vulnerabilidade social agravada pela pandemia, de compra de máscaras, álcool gel e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), de adequações de espaços públicos para atendimento, entre outras medidas.

 

Fungota

 

A Fungota — fundação municipal que administra a Maternidade Gota de Leite, as três UPAs, o hospital de campanha e a unidade do Melhado — utilizou R$ 8,9 milhões (repassados pela Prefeitura) no combate à Covid-19 em todo o ano de 2020. Neste ano, até o final de junho, foram R$ 23,7 milhões, aumento de 166% — e com o segundo semestre ainda pela frente.

 

"Com a variante P.1, precisamos ampliar o hospital de campanha e o Melhado. Passamos de 25 para 50 leitos no Melhado. No hospital de campanha, passamos de 31 para 41 leitos de enfermaria e de 20 para 30 leitos de UTI. Isso inclui mais médicos 24 horas, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem", explica Lúcia Ortiz, diretora-executiva da Fungota.

 

"Também ampliamos o número de médicos na UPA da Vila Xavier, as equipes de testagem, as equipes de monitoramento dos pacientes contaminados, as equipes de testes nas escolas e nos estabelecimentos comerciais, entre outros investimentos", complementa a diretora.


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