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02/06/2022 às 07h20min - Atualizada em 02/06/2022 às 07h20min

Entenda por que o inverno é o período do ano com mais doenças respiratórias

Pneumologista Flávio Arbex explica quais os principais problemas e formas de prevenção

Foto: Marcelo Camargo/ Arquivo Agência Brasil

As mudanças bruscas de temperaturas são muito comuns durante o inverno, porém, não são os únicos fatores responsáveis pelo aumento de doenças respiratórias nessa estação. Segundo o pneumologista Flávio Arbex, a baixa umidade do ar, o frio intenso e as aglomerações contribuem para um maior número de infecções e crises de alergia.

 

No caso da diminuição da umidade relativa do ar, o corpo humano enfrenta uma consequente fragilidade do sistema de defesa que facilita a invasão do organismo, principalmente por vírus e, às vezes, sequencialmente também por bactérias”, explica o especialista.



Essa perda do sistema de defesa é uma reação natural ao clima, já que a temperatura interna normal é de 37 graus. Com um esfriamento intenso ocorre a chamada vasoconstrição, que tem o objetivo de manter o corpo aquecido. Ao mesmo tempo, com a respiração, existe uma grande perda de água e calor, que reduz a produção do muco eliminado pelas glândulas das vias aéreas, ambiente onde existem enzimas e anticorpos protetores.


Dessa forma, o frio compromete o transporte do muco das vias áreas inferiores para as superiores, acarretando ainda em uma maior proliferação de doenças respiratórias.

 

Doenças mais comuns


Além dos conhecidos resfriados, gripes e a covid-19, o pneumologista alerta para outras complicações que podem acontecer durante períodos mais frios e secos, como exacerbações de bronquite crônica, asma, sinusite e rinite; e até mesmo problemas mais graves, como DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), enfisema pulmonar e pneumonias.


Entre os sintomas mais comuns das doenças respiratórias estão a tosse, o espirro e a coriza, além de obstrução nasal, dor de garganta, respiração com chiado, dificuldades para respirar e secreção nasal.



Prevenção


Se manter protegido de vírus e bactérias que interferem na respiração quase sempre é uma tarefa simples e que pode ser incorporada na rotina de todas as pessoas em busca pela boa saúde.

 

Deixar os ambientes sempre arejados, beber bastante líquidos e tentar controlar a umidade relativa do ar acima de 50% são algumas atitudes eficientes”, explica Dr. Flávio.


Com espirro, tosse e coriza sendo comuns durante a época, seja por infecções respiratórias ou crises alérgicas, o uso de máscaras ainda é uma opção imprescindível para evitar a proliferação de doenças. Uma medida que não apenas impede o infectado de adoecer ainda mais, mas também protege todos que circulam ao seu redor.


“Outras formas de prevenção consistem em não fumar e evitar a exposição a lugares com muita poeira ou fumaça, evitar o contato com pessoas gripadas ou resfriadas, manter a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, realizar atividades físicas regulares e sempre buscar uma alimentação balanceada com frutas, legumes, verduras e proteínas para que o organismo se mantenha forte”, orienta o pneumologista.


Lembrando que além das eficientes atitudes cotidianas também é imprescindível manter a vacinação em dia. Atualmente, recomenda-se que sejam tomadas as vacinas da gripe, da covid-19 e a pneumocócica. Além de diminuir a circulação dos vírus entre a população, os imunizantes também reduzem o número de casos graves, contendo a necessidade de internações hospitalares por doenças quase sempre evitáveis ou controláveis.

 


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