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Em decisão divulgada nesta quinta-feira (30), o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu negar o pedido de habeas corpus, solicitado pela Defensoria Pública, ao jovem Hugo dos Santos Alonso, de 21 anos, acusado do assassinato e esquartejamento da adolescente Yasmin da Silva Nery em 2019 na cidade de Araraquara.
Segundo a defesa, ocorre prolongamento da pena indevido contra o acusado, que foi transferido da Fundação Casa para uma Unidade Experimental de Saúde em São Paulo. A Defensoria alegou que o local é um campo de concentração moderno, havendo alternativas mais adequadas.
A Defensoria afirma ainda que Hugo não passou por avaliação multidisciplinar indicando a necessidade de internação e interdição, porém a afirmação foi refutada pelo Ministério Público.
Além disso a defesa alegou que o comportamento do acusado, durante internação na Fundação Casa, foi satisfatório, porém o Ministério Público constatou que neste período, houve troca de agressões de Hugo com outros internos onde foi apresentada avaliação psicológica, diagnosticando que o rapaz assumia perfil comunicativo, articulador e comunicador, além de comportamento hostil e instabilidade emocional.
Vale lembrar que outro relatório, apresentado pelo Ministério Público, indicou que o acusado não demonstrou arrependimento de ter cometido o crime e não se mostra desconfortável ao falar do assunto.
O jovem já havia sido diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial, segundo relatórios da Fundação Casa, onde ficou internado até completar maioridade.
Prisão Mantida
Após analisar as argumentações, a Justiça não encontrou elementos para a concessão de habeas corpus ao acusado. O julgamento, que começou nesta quarta-feira (29), resultou a negativa ao pedido de soltura do rapaz que permanecerá na Unidade Experimental de Saúde.
Além de assassinar a adolescente, Hugo esquartejou e espalhou partes do corpo de Yasmin em diferentes regiões da cidade. Na época ele também era menor de idade e foi detido em sua casa, no Jardim das Hortênsias, confessando o assassinato. Yasmim tinha apenas 16 anos quando foi morta. O crime chocou os moradores de Araraquara.