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“Minha filha está sem aulas de português. Não tem aulas nem com professor substituto em uma etapa importante para o estudante se preparar para o ensino técnico”.
Esse foi o desabafo de uma mãe de Araraquara sobre a situação da filha de 14 anos que estuda na Escola Municipal de Ensino Fundamental, CAIC Ricardo Monteiro, no Vale do Sol.
A filha e os demais alunos do 9º ano estão sem aulas na disciplina de português após a saída de uma professora. Segundo a mãe, que prefere não se identificar, a professora havia pedido demissão em junho deste ano. A profissional cumpriu o aviso prévio, de 30 dias, em julho. Porém, desde o retorno dos alunos após as férias, os estudantes do 9º ano estão sem professor.
“Só que eles tiveram dois meses para adiantar a situação. Minha filha, assim como os demais alunos, estão sem aula de português, sem possibilidade de aprender no 9º ano que é uma etapa importante para o estudante se preparar para o ensino técnico, por exemplo”, explica a mãe revoltada.
A mãe está preocupada com a situação da filha. “A secretaria falou que a professora pediu demissão no começo de agosto, porém, ela pediu demissão em junho, em julho ela cumpriu o aviso prévio e eles não fizeram nova contratação de professor”.
“A escola diz que não pode fazer nada”, reforçou a mãe.
Nesta terça-feira (15), por exemplo, a estudante teria duas aulas de português. “São duas aulas de janela. As crianças sem aula. Um absurdo”.
Por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, a Secretaria da Educação informou que está em processo de contratação de professor para substituí-la, não sem dificuldade, haja vista as desistências de convocados, por isso, até que a efetivação da contratação, a Direção da escola está autorizada a solicitar pagamento de horas extras para docentes que tenham disponibilidade e formação para a disciplina.
“É oportuno lembrar que desde janeiro até essa data, 390 profissionais foram contratados para as escolas municipais”, disse em nota.
A justificativa não acalma a mãe preocupada com o futuro educacional da filha que já acumula diversas horas sem aulas de português. A situação deveria ter sido resolvida antes da saída da professora, segundo a mãe. “A secretaria teve dois meses para fazer a contratação de uma professora, mas não fez esta contratação. Não tem aula de português, não tem aulas com um professor substituto”, ressalta.