26/09/2024 às 14h12min - Atualizada em 26/09/2024 às 14h12min

Estiagem prolongada de 177 dias provoca maior crise hídrica da história de Araraquara

A população reclama da falta de água diária nos bairros da cidade e o prefeito Edinho Silva esteve na represa de água das Cruzes que apresenta graves reflexos da seca prolongada

Flavio Fernandes
Foto: Divulgação
Uma estiagem de 177 dias faz com que Araraquara enfrente a maior crise hídrica da história, mesmo com os investimentos da ordem de R$ 35 milhões nos últimos anos em novos poços artesianos, reservatórios, e expansão de redes de água do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (DAAE).

A falta de chuva constante, não é possível abastecer de forma adequada represas e reservatórios e na última segunda-feira (23), o prefeito Edinho Silva esteve com Ada Salmazo superintendente do Daae e Alexandre Pierri, diretor Comercial e de Relações Institutocionais da empresa. 
 

“Estamos aqui na captação de água das Cruzes, e a situação da queda d’água é reflexo da grave estiagem enfrentada pela nossa cidade e por todo o País. Essa crise hídrica é consequência das mudanças climáticas que o mundo tem enfrentado e que está afetando o Brasil e todas as cidades do Estado de São Paulo. Aqui em Araraquara, a crise só não é pior, porque nós investimos muito nos últimos anos”, disse o prefeito, durante uma live em suas redes sociais.


Todos os dias moradores tem reclamado da falta de água na cidade e relatam que os cortes diários, mudaram a rotina e pioraram a qualidade de vida da população. O DAAE afirma que está trabalhando em novos poços para suprir a alta demanda. 
 

OPERAÇÃO ESTIAGEM
 

Para enfrentar essa grave crise hídrica, o DAAE teve que implantar a Operação Estiagem em alguns pontos da cidade. Isso porque 35% de toda água distribuída em Araraquara vem de rios existentes no município e, com este cenário de seca severa e temperaturas elevadas acima da média para o período do ano, os rios e as represas de duas de três captações apresentam reflexos, com a redução em mais de 90% dos volumes, impactando no abastecimento público.
 

A cidade é dividida em setores de abastecimento em função das fontes de produção de água que podem ser superficiais (rios e córregos) e subterrâneas (poços profundos). As fontes de captações subterrâneas não sofrem os impactos da estiagem severa. Já as fontes de captações superficiais (represas dos Ribeirão das Cruzes, Córrego Água dos Paióis e Ribeirão das Anhumas) que dependem da chuva regular, são as que estão diretamente impactadas pela seca.

 

Setores de abastecimento que são exclusivamente abastecidos por poços não estão sendo afetados pela Operação Estiagem, mas, os setores abastecidos em parte ou no todo por água proveniente das represas, necessitam de limitações na regularidade do fornecimento de água em função de uma matemática simples. Há mais demanda de quantidade de água para consumo pela população nestes setores do que a quantidade de água que os rios podem ofertar neste momento climático atípico.

 

O saldo negativo desta conta só não é maior, pois existe a possibilidade de alguns setores abastecidos por poços auxiliarem nesta demanda de consumo, mas existe uma limitação hidráulica e topográfica, não sendo possível suprir toda a demanda, principalmente, em dias e horários de maior consumo.

 

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