18/06/2021 às 10h59min - Atualizada em 18/06/2021 às 10h59min
Bolsonaro critica lockdown em Araraquara e diz que cidade tem maior média de mortes do país
Prefeito Edinho Silva rebate: “Presidente falta com a verdade”
Direto da Redação
Araraquara foi alvo novamente de ataques do presidente
Jair Bolsonaro (sem partido). Em sua live semanal, o presidente criticou o lockdown que a cidade vai adotar a partir deste domingo (20).
Sem apresentar estatísticas, Bolsonaro
censurou o prefeito Edinho Silva (PT): "Nós temos o prefeito de
Araraquara, não sei o que tem na cabeça dele. Novamente programando um novo lockdown na sua cidade.
Uma cidade que morre mais gente que a média no Brasil".
Na manhã desta sexta-feira (18),
Edinho Silva fez uma live em sua rede social
desmentindo os argumentos de Bolsonaro:
“A Live (de Bolsonaro)
divulga inverdades e ataca uma cidade que tem procurado fazer o certo e seguir a ciência. Não é verdade que a letalidade de Araraquara está acima do Brasil. O Brasil tem uma letalidade de 2.8 e em
Araraquara a letalidade é de 2.01, abaixo da letalidade do País, abaixo da letalidade do Estado de São Paulo”, disse o prefeito.
Leia mais: Qualquer medida que não comece com um lockdown será pouco eficiente para controlar a pandemia, alerta especialista Edinho ainda disse que Bolsonaro deveria usar sua força do cargo de presidente, para unir o País em defesa da vida: “
É muito triste ver essa disputa política partidária no meio de uma pandemia. É falar quando não se enfrenta um dia a dia de uma pandemia”.
Sobre o
lockdown, o prefeito reafirmou a necessidade das medidas restritivas: “Araraquara só faz lockdown porque temos que evitar o colapso no sistema de saúde.
Pessoas doentes sem acesso a leitos”.
Edinho ainda disse que “Se nós tivéssemos no Brasil uma vacinação acelerada, certamente Araraquara e nenhuma cidade do estado de São Paulo e do Brasil adotaria medidas restritivas” finalizou o prefeito.
Vale lembrar que o Departamento Regional de Saúde (DRS 3), divulgou nesta quinta-feira (17) que em maio, 8
8 pacientes com Covid-19 morreram em toda a região aguardando um leito de UTI no sistema de regulação de vagas, o Cross.