Nesta quinta-feira (23) foi divulgado um balanço dos atendimentos e de fiscalizações realizadas durante o ano de 2021 pelo Procon. Foi realizado no ano um total de 6.267 atendimentos, sendo 1.439 presencialmente (1.140 no balcão, 292 retornos e 7 encaminhamentos de fiscalização) e 4.828 a distância (4.139 por telefone, 55 pelo Facebook e 634 pelo Whatsapp).
Consignado lidera reclamações
A reclamação recordista de atendimentos na cidade se refere a empréstimos consignados realizados sem a autorização do consumidor, ou seja, é um valor depositado na conta do consumidor sem ele ter solicitado e mesmo assim o banco passa a cobrar as parcelas sem autorização.
Segundo o coordenador do Procon Araraquara, Rodrigo Martins, a maioria dos casos foi resolvida. "Quase 83% daquilo que chegou até o Procon de reclamação foi resolvido na intermediação que fazemos com os fornecedores", revelou.
Fiscalização e autuações
Em relação a fiscalização, o Procon realizou 83 visitas fiscalizatórias no município, em estabelecimentos como supermercados, açougues, padarias, bancos, lotéricas — em relação a tempo de espera na fila — e entre esses, 40 foram autuados e multados, resultando em mais de R$ 150 mil em multas no ano.
Rodrigo Martins conta que o foco esteve nos estabelecimentos que não fecharam durante muito tempo no período da pandemia, como supermercados, padarias, açougues e outros que permaneceram abertos em todo o período, só fechando durante o lockdown.
"Infelizmente, a maioria dos estabelecimentos autuados foram por conta de produtos vencidos na área de venda. Isso mostra que o fornecedor não vem fazendo a parte dele dentro dos estabelecimentos, que é conferir a data de validade desses produtos. Isso acende para nós uma luz de atenção para que também o consumidor fique atento em relação a isso e olhe a data de validade antes de levar o produto", explicou.
A venda de carne pré-moída em alguns estabelecimentos também gerou reclamações em Araraquara.
"Isso é proibido porque a carne deve ser moída na presença do consumidor, porque temos pessoas que agem de má fé, colocando restos de limpeza das carnes, moendo junto e vendendo ao consumidor a preço de carne de qualidade. Então é muito importante o consumidor ficar atento a essas questões", conclui o coordenador.