Centenas de servidores municipais se reuniram na manhã deste sábado (02) em frente a Praça de Santa Cruz para uma passeata com o objetivo de pressionar o prefeito Edinho Silva a autorizar o aumento salarial da categoria. O movimento segue até a sede da Prefeitura.
O grupo já havia se reunido no último dia 29 de março, quando votaram e aprovaram a pauta salarial, o estado de greve e outros atos que vão nortear a campanha salarial.
No meio da semana houve uma reunião com o município, a Prefeitura apresentou um cronograma das negociações. Nele ficou estabelecido que no próximo dia 6 de abril deve acontecer a primeira reunião, formada por representantes do município e também do sindicato, escolhidos na assembleia deste sábado.
A principal reivindicação dos servidores é o aumento salarial de 17,38% (veja a pauta abaixo). Segundo servidores, como houve a virada de mês, esse valor de reajuste já está em 20%, devido ao aumento da inflação.
A data-base é maio, no limite do período permitido para aumentos em ano eleitoral e por isso o sindicato se antecipou e protocolou as reivindicações em janeiro, mas até agora, a Prefeitura não se manifestou a respeito.
Assembleia do dia 29 A assembleia foi em frente à sede do Poder Executivo, mas antes os servidores fizeram uma manifestação em frente à Câmara. Os vereadores estavam reunidos para a sessão semanal e alguns até desceram para ouvir as reivindicações.
No Paço Municipal os trabalhadores e líderes sindicais discursaram. A categoria argumenta que está sem reajuste há 3 anos, as contas do município estão melhores com aumento de receita e projeção de crescimento o que seria suficiente não só para repor a inflação referente ao ano passado, como também para compensar algumas perdas registradas nos anos anteriores.
Estado de greve Os servidores votaram e aprovaram durante a assembleia o chamado estado de greve. Isso garante a categoria o direito de paralisar suas atividades, 72 horas depois do município ser comunicado.
Os servidores também aprovaram a realização de um panelaço e passeata no sábado. O ato está marcado para às 9h, na Praça de Santa Cruz.
Se o município não se manifestar e iniciar uma negociação, uma paralisação já fica marcada para o dia 5 de abril, uma terça-feira.
O que diz a Prefeitura O município se manifestou dizendo que respeita a mobilização dos trabalhadores e afirma que as negociações com os servidores começam em abril, já que a data-base é maio. O município afirmou ainda que protocolou no Sismar nesta terça-feira (29) um pedido de reunião para esta quarta-feira (30), com o objetivo de iniciar o diálogo com os servidores.
Veja a pauta: 01) Revisão Geral Anual da inflação acumulada até a data base/2022 (maio/2019 a abril/2022), de acordo com o índice a ser apurado pelo IPCA (janeiro de 2022 17,38%);
02) Reconhecendo as perdas salariais do funcionalismo, acumuladas de maio/2015 a janeiro/2022 (30,72%), seja instituída pela Administração uma política de reposição de perdas salariais;
03) Reajuste de 14% de ganhos reais nos vencimentos de todos os segmentos da categoria, como forma de valorizar os servidores de carreira e motivar a categoria em busca de melhorias na prestação de serviços;
04) Majoração do Vale-Alimentação para R$ 840,00, em favor de todos os serviços públicos, da Administração direta e indireta;
05) Majoração do Prêmio Assiduidade para R$ 200,00 mensais para todos os servidores;
06) Instituição do "abono natalino" no Vale-Alimentação, a ser pago até 20 de dezembro de cada ano, no valor de 100% do valor do benefício (13° Vale-Alimentação), por meio de lei municipal;
07) Incorporação ao Vale alimentação do prêmio de 120,00.
