25/07/2024 às 07h29min - Atualizada em 25/07/2024 às 11h27min

Araraquara, Américo, BES e Matão enfrentam situação de ‘seca extrema’, diz Cemaden

Mais da metade das cidades do país em estado de alerta

Direto da Redação
Foto Ilustrativa/ Marcello Casal Jr/Agência Brasil



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Levantamento do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) traz dados preocupantes. Segundo o órgão do governo federal, responsável por monitorar desastres naturais, no Brasil, mais de mil cidades brasileiras enfrentam uma seca severa ou extrema. As mudanças climáticas têm levado à falta de chuvas, resultando em mais da metade das cidades do país em estado de alerta.

 

Os números divulgados destacam a situação de secas e de inundações no Brasil. Em um boletim divulgado na última terça-feira (22), o Cemaden informou que no mês passado, 918 municípios brasileiros estavam em situação de seca severa.

 

Além disso, 106 municípios estavam classificados como em "seca extrema". Em julho, o total de cidades nessas categorias aumentou para 1.095.

 

Os números continuam crescendo. No mesmo período do ano passado, apenas 45 cidades estavam enfrentando essas condições.

 

 

Região de Araraquara: seca extrema

 

 

A cidade de Araraquara tem situação atual de “seca extrema”. O mesmo resultado foi constatado nas cidades de Boa Esperança do Sul, Américo Brasiliense, Santa Lúcia, Trabiju, Dourado, Ibaté e São Carlos.

 

 

Sem Chuvas

 

A falta de chuva é um dos fatores que levou Araraquara a enfrentar situação de “seca extrema”. De janeiro a julho de 2024, com média de 809mm, choveu apenas 299mm. Neste período do ano passado, foram registrados 1.009mm. O menor índice foi registrado em 2021 e, mesmo assim, é maior do que deste ano. Na época choveu 417,1mm.

 

A seca extrema é um fenômeno climático caracterizado pela ausência prolongada de chuvas, o que traz consequências na umidade do solo e na atmosfera, que registram índices abaixo do normal. Esse fenômeno pode ter impactos severos em diversos setores, como agricultura, abastecimento de água, ecossistemas e saúde pública.

 

Outros municípios também enfrentam seca severa, como Matão, Rincão, Ribeirão Bonito, Descalvado, Motuca, Gavião Peixoto, Nova Europa, Porto Ferreira e Brotas.

 

Vale lembrar que o Cemaden indica que a situação da seca é mais intensa e extensa do que a observada em 2023. Em junho do ano passado, no início do período de estiagem, apenas 45 cidades estavam classificadas como enfrentando seca extrema e severa, número 20 vezes menor do que o observado no último mês, quando mais de mil cidades foram afetadas pelas duas piores classificações de seca.

 

 

Sinais de Seca Extrema

 

Diminuição da Precipitação:

  • Uma queda significativa nas chuvas em relação à média histórica.

 

Aumento das Temperaturas:

  • Temperaturas acima do normal que exacerbam a evaporação da água do solo.

 

Baixos Níveis de Água em Rios e Lagos:

  • Os corpos d'água se tornam rasos ou secam completamente, prejudicando a fauna e a flora aquáticas.

 

Morte de Vegetação:

  • A vegetação local apresenta sinais de estresse hídrico, como folhas murchas e queda prematura de folhas.

 

 

Causas da Seca Extrema

 

Mudanças Climáticas:

  • O aquecimento global tem alterado padrões climáticos, levando a períodos mais longos de estiagem e alterações nas chuvas sazonais.

 

Desmatamento:

  • A remoção de florestas para atividades agrícolas e urbanização diminui a evapotranspiração, reduzindo a umidade do ar e a formação de chuvas.

 

Uso Excessivo da Água:

  • A exploração insustentável dos recursos hídricos para irrigação e abastecimento urbano pode esgotar os lençóis freáticos e os rios, contribuindo para a seca.

 

Padrões de Vento:

  • Alterações nos padrões de vento podem afetar a movimentação de sistemas meteorológicos que trazem chuvas.

 

Mais informações, acesse.


 


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