16/04/2022 às 11h10min - Atualizada em 16/04/2022 às 11h10min

​Servidores municipais farão nova paralisação na terça-feira (19)

Decisão tomada em assembléia contraria decisão judicial; categoria reivindica reajuste salarial

Os servidores municipais de Araraquara vão cruzar os braços novamente na terça-feira (19). A decisão foi tomada neste sábado (16) em assembléia realizada na Praça de Santa Cruz. O movimento escolheu esse dia porque haverá sessão na Câmara de Vereadores e um projeto enviado pela Prefeitura, que prevê reajuste salarial para a categoria, poderá ser votado.

O texto enviado à Câmara pelo prefeito Edinho Silva (PT) na última quinta-feira (14) é considerado uma “traição” pelos servidores, já que prevê aumento salarial de apenas 5%, parcelados em duas vezes, uma em outubro deste ano e outra apenas em fevereiro de 2023, quase na virada para o início de um novo dissídio salarial.

A proposta é bem diferente da pauta sugerida pelo Sismar e ratificada pela categoria em assembleia. Os servidores querem, no mínimo, 14% de aumento real nos salários, entre outros benefícios (veja abaixo).

Decisão Judicial
1ª Vara da Fazenda Pública proibiu a adesão de trabalhadores que atuam em setores considerados essenciais. A decisão saiu após pedido da Prefeitura. O Sismar recorreu da decisão, mas a Justiça ainda não analisou o recurso.
A categoria deve manter 30% dos servidores da saúde e segurança pública trabalhando. Os demais setores podem cruzar os braços completamente, segundo interpretação da categoria.

O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Araraquara tem batido o pé e diz que o município sofre as conseqüências do enfrentamento da pandemia do coronavírus. Também afirma que o pagamento de precatórios tem consumido recursos importantes para a manutenção da máquina pública. Em sua última manifestação, afirmou que "não há espaço para nenhuma proposta financeira além da apresentada".
Na Câmara de Vereadores o projeto enviado pelo prefeito Edinho Silva deve enfrentar resistência e pode não ser votado essa semana. O próprio presidente do legislativo, Aluísio Boi (MDB), tem defendido a abertura de diálogo com o executivo e tenta nos bastidores uma proposta melhor. Boi também tenta articular a volta das negociações.

O que pede o sindicato?

Aumento salarial real de, no mínimo, 14%;
Reposição das perdas salariais desde julho de 2019;
Prêmio assiduidade de R$ 200 para todos os servidores;
Vale –alimentação de R$ 840;
Criação de um 13º para o vale-alimentação;
Criação de uma política pública voltada para a recuperação das perdas salariais ao longo dos anos em que o aumento foi abaixo da inflação.

A proposta da Prefeitura

Reajuste salarial de 2,5% em outubro de 2022;
 Reajuste salarial de 2,5% em fevereiro de 2023;
Reajuste de 33,45% no piso salarial do funcionalismo;
Aumento de 11,11% no vale-alimentação (valor passaria para R$ 600);
Reajuste de 33,24% retroativo a janeiro, no piso salarial do magistério da rede pública de educação básica (esse aumento é obrigatório graças a uma decisão do Governo Federal);
10% de reajuste para os profissionais da Educação que atuam na zona rural;
Redução de 10% na carga horária;
Hora aula de 50 minutos para professores da educação infantil;
Gratificação de função na atividade de professor formador (20%);
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