Quase 300 presos de Araraquara são inscritos na Olímpiada de Matemática

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Quase 300 presos das unidades de Araraquara foram inscritos na 17ª na 17ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A informação foi divulgada nesta terça-feira (26) pela assessoria de comunicação da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária). 

De acordo com o divulgado, no total a Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) inscreveram 3.804 reeducados na Olímpiada. "O número representa um aumento de 15% na quantidade de inscritos esse ano em relação a 2021, quando 3.306 presos estavam aptos a disputarem a maior competição científica do país", revelou a SAP. 

Do total de inscritos neste ano, 1440 presos são de 12 unidades de Ribeirão Preto e região. Entre o número, estão 287 reeducandas e reeducandos dos Centros de Ressocialização Feminino e Masculino e da Penitenciária de Araraquara.

"Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, a SAP e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a participarem da Olímpiada de Matemática. Detentos que não possuem formação escolar podem, inclusive, concluir os estudos enquanto cumprem pena. [...] Isso é possível graças às escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionalizantes e do Ensino Superior", destacou a assessoria da SAP. 

A Olímpiada

A Olimpíada é dividida em duas fases. A primeira etapa, em que os participantes fazem uma prova objetiva de 20 questões, ocorrerá em 7 de junho. A lista de aprovados será divulgada em 2 de agosto. Composta por uma prova discursiva e seis perguntas, a segunda fase da Obmep está agendada para o dia 8 de outubro.

As avaliações são preparadas de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio). Os estudantes que se destacarem no torneio são premiados com medalhas de ouro, prata e bronze, conforme a classificação. Há, ainda, menções honrosas que são concedidas a milhares de participantes da disputa nacional.  

Destaques

Realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do estado. Na edição de 2017, um presidiário colombiano, que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” de Itaí, faturou a medalha de ouro. Ele foi o primeiro preso na história do torneio a levar o prêmio máximo. Em 2018, dois detentos conseguiram prata e bronze. Já em 2019, outro preso da Penitenciária de Itaí, de origem francesa, foi condecorado com a insígnia de bronze.

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