08/07/2022 às 10h11min - Atualizada em 08/07/2022 às 10h11min

Entenda o que tem motivado a volta de doenças como sarampo, meningite e poliomielite

Infectologista alerta para as formas de proteção contra esses problemas

Direto da Redação
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Com a chegada e permanência da covid-19, a preocupação e cuidados com outras doenças como sarampo, meningite e poliomielite diminuíram nos últimos anos, segundo a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), no Brasil observamos uma queda na taxa de cobertura da vacinação dessas doenças, que podem ter um impacto num futuro próximo.


A vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) caiu de 93,1% em 2019, para 71,49% em 2021, além da queda registrada na vacinação contra a poliomielite, indo de 84,2% em 2019, para 67,7% em 2021. A adesão a vacinação para meningite está também por volta de 70% em 2021.


 

Poliomielite

 

A poliomielite, que pode ter uma evolução grave quando o vírus atinge o sistema nervoso e causa paralisia permanente em pernas ou braços, foi considerada erradicada das Américas em 1994, voltou a registrar um caso no início deste ano em Israel, acendendo um alerta para possíveis deslocamentos da doença pelo restante do mundo. E é ainda uma doença endêmica no Paquistão e Afeganistão.


 

Sarampo

 

Desde 2018 vem sendo registrados casos de sarampos no Brasil com óbitos. O sarampo provoca sintomas como tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas. Em casos mais graves, pode causar pneumonia e meningite.


Segundo a infectologista e clínica geral Ana Rachel Seni Rodrigues, os índices de vacinação atuais estão bem abaixo dos 95% recomendados e indicam que ao menos três em cada dez crianças do país não foram imunizadas de forma adequada contra doenças potencialmente fatais.

 

Algo perigoso não apenas para as pessoas não vacinadas, mas que também coloca em risco a vida de outras milhões de crianças e adolescentes.”


A especialista ainda alerta para o nível de transmissibilidade do sarampo, que assim como a covid-19, ocorre através de gotículas de saliva e secreções. Porém, diferente do coronavírus, que é transmitido para até 5 pessoas além do paciente infectado, o sarampo tem a capacidade de se espalhar para outros 14 indivíduos.


Diante desse cenário, a especialista orienta que os pais vacinem seus filhos com todos os imunizantes necessários ainda durante a primeira infância.

São pelo menos 17 vacinas a serem dadas com o intuito de estimular o corpo a produzir anticorpos contra vírus e bactérias de doenças graves, mas evitáveis. Dessa forma, se adquire proteção induzida antes mesmo de haver contato com qualquer ameaça ao organismo.”

 


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