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22/07/2022 às 11h00min - Atualizada em 22/07/2022 às 11h00min

Procura tardia e demora no atendimento reduzem pela metade as chances de cura do câncer de pulmão

Pneumologista Flávio Arbex explica a importância do diagnóstico precoce e início de tratamento imediato para a cura da doença

Ilustração/ Freepik

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que, anualmente, são diagnosticados 30.200 casos de câncer de pulmão, cerca de 18 mil em homens e 12 mil em mulheres.
 

Dois estudos publicados no Jornal Clinical Oncology e Journal of Thoracic Disease, por pesquisadores do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, apontam ainda que a procura tardia do sistema de saúde e a demora no acesso ao atendimento reduzem pela metade as chances de cura desse tipo de neoplasia.


Segundo o pneumologista Flávio Arbex, esses fatores também podem justificar, em partes, a alta mortalidade do câncer de pulmão. Apenas no Brasil, são mais de 28 mil mortes por ano, enquanto no mundo, este é o tipo de neoplasia com maior mortalidade registrada, cerca de 1,76 milhão de mortes anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).


As informações apresentadas nos estudos demonstram um número alarmante de pacientes que não conseguem receber um tratamento rápido e adequado. Dessa forma, é preciso que sejam aprimorados os processos e variáveis pelos quais não apenas os pacientes, mas toda a população está sujeita. Ou seja, é necessário que haja maior conscientização dos sintomas e melhor capacitação da equipe médica para atender essas pessoas. Consequentemente, haverá uma ampliação do acesso ao acompanhamento recomendado e melhores taxas de sobrevida e qualidade de vida” , diz Arbex.


Embora os sintomas geralmente não ocorram até que o câncer se encontre em estado avançado, algumas pessoas já percebem alguns sinais em estágio inicial, como tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, piora da falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, e sensação de cansaço ou fraqueza.

Ao aparecimento dos primeiros sintomas, é imprescindível que se procure atendimento médico o mais rápido possível, pois caso a doença seja diagnosticada em estágio inicial, mais prováveis são as chances do tratamento se mostrar efetivo.


Momento em que a equipe médica deve estar preparada para realizar uma adequada investigação do caso por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos – seja de pessoas com sintomas sugestivos do câncer ou daquelas que não possuem nenhum sinal, mas que pertencem a grupos de risco”, diz.


O especialista ainda lembra que apesar de o tabagismo ser a principal causa do câncer de pulmão, outros fatores que favorecem o surgimento da neoplasia também devem ser considerados, como:

 

  • Exposição à poluição do ar;
  • Presença de infecções pulmonares de repetição;
  • Estar em idade avançada;
  • Trabalhadores expostos a nocivos agentes químicos ou físicos;
  • Aqueles com fatores genéticos ou histórico familiar da neoplasia.

 


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