Leia Também:
Correios vão leiloar 41 mil itens não entregues; veja os lotes.
Luto: Após luta da família, bebê Isaías morre em Porto Alegre.
A pedagoga Elaine Athade de Lima, de 47 anos, é mãe de uma garotinha, de 08 anos, que estuda em tempo integral na Escola Estadual Narciso da Silva César, na Vila Santana em Araraquara. A menina é estudiosa, já sabe ler e gosta de aprender, porém, uma situação grave tem mudado o comportamento da estudante e revoltando a mãe.
A aluna, que estuda no 2º ano, sofreu ataques racistas de um colega de classe da mesma idade dela. O caso ocorreu no dia 23 de setembro. Elaine chegou a registrar um boletim de ocorrência, três dias depois, para cobrar uma atitude da escola.
No relato, a mãe explica que durante a aula de linguagem artística, o aluno teria cometido o ato de xingamento racista à sua filha, chamando-a de macaca. O que chama a atenção é que o mesmo aluno xingou recentemente outra colega de classe. Ela e a mãe da aluna relataram o caso à unidade escolar e, segundo elas, a escola não tomou providências, nem a Diretoria de Ensino de Araraquara.
"Falei com a professora que disse que a escola tomou providências com o outro professor que mudou o roteiro escolar para falar sobre o assunto de racismo. Disse que houve a famosa ocorrência interna, mas não me comunicou", disse a mãe.
Ainda de acordo com depoimento da mãe, em boletim de ocorrência, a escola não informou o ocorrido, “tomando conhecimento do fato através do relato da filha”.
Como resultado do racismo ocorrido em sala de aula, pelo colega de turma, a garotinha está traumatizada e resistindo a ir para a escola. "A escola que é para ser um ambiente seguro", completa Elaine.
O Portal Araraquara Agora procurou a Secretaria Estadual da Educação para questionar se a Pasta teve conhecimento do ato racista e quais atitudes deverão tomar para o caso. Por nota, a assessoria de imprensa relatou que repudia todo e qualquer ato de racismo dentro ou fora do ambiente escolar.
“No momento do ocorrido a professora imediatamente interveio na situação e posteriormente os responsáveis de ambos os estudantes foram chamados para uma reunião de mediação”, diz.
A nota ainda diz que “a equipe da escola colocou à disposição da estudante o programa Psicólogos na Educação. O atendimento é realizado, se autorizado pelos responsáveis”.
“A Diretoria de Ensino de Araraquara e a unidade escolar estão à disposição para receber a aluna e realizar a sua reinserção no ambiente escolar de forma acolhedora segundo as diretrizes do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP)”, finaliza a nota.
Resistência Sempre
A mãe da garotinha protocolará na Diretoria de Ensino, o boletim de ocorrência. Também já está em contato com um advogado onde dará andamento ao processo para levar o caso a justiça. “Os próximos passos seguem com o advogado para punir os responsáveis pelo menor”, reforça a pedagoga.
“Eu como mãe, vou lutar até o fim. Resistência e luta sempre”, enfatiza.
O Portal Araraquara Agora vai acompanhar o caso.