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24/07/2020 às 19h04min - Atualizada em 24/07/2020 às 18h06min

Mais de 60% das novas empresas 'fugiram' do Centro de Araraquara

Com a chegada da crise causada pelo coronavírus é inquestionável que o setor econômico foi atingido, em especial, a área de comércios e serviços. Em Araraquara, a busca pela região central da cidade também diminuiu, podendo ser uma motivação causada pela pandemia na busca por encolher gastos, como o aluguel. Um exemplo disso é a amostragem elaborada pelo Sincomercio junto da Jucesp que evidencia que cerca de 64% das novas aberturas no mês de junho ocorreram em bairros periféricos da Morada do Sol. 

Do total de empresas abertas em junho deste ano, 12,5 escolheram a Vila Xavier como pólo das atividades comerciais. Enquanto isso, pouco mais de 5% preferiram o Jardim dos Manacás e cerca de 46%, outros bairros da cidade, exceto o Centro, que foi escolhido por 35,7% dos novos estabelecimentos. 

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Sincomércio1

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Fonte: Jucesp Elaboração: Sincomercio[/caption]

Queda de abertura de empresas no isolamento social

Araraquara registrou abertura média de 72 empresas por mês no primeiro semestre de 2020. O resultado é 24% menor que o registrado no mesmo período de 2019, quando o município teve 94 aberturas mensais. No total, de janeiro a junho, a cidade abriu 449 novos estabelecimentos e encerrou 277, registrando saldo positivo de 172 empresas.

De acordo com o núcleo de economia do Sincomercio Araraquara, com base nos dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), os números registrados no primeiro semestre do ano, quanto à abertura total de estabelecimentos, é 32,2% menor que o observado no mesmo período de 2019. Apesar disso, o resultado deve ser interpretado com cautela, pois os dados referentes ao momento mais crítico da quarentena, ou seja, entre março e abril, indicam uma queda maior (42,4%) no número de aberturas de empresas em comparação com o ano passado.

 “Mesmo na crise atual, a liquidação de uma empresa gera custos imediatos, o que pode ser inviável no momento. Além disso, muitos negócios têm expectativas de usufruírem das linhas de crédito e subsídios governamentais e postergam um possível encerramento das atividades. Consequentemente, esses empreendimentos não entram nas estatísticas dos primeiros seis meses”, analisa Marcelo Cossalter, pesquisador do sindicato.

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Sincomércio2

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Fonte: Jucesp. Elaboração: Sincomercio[/caption]

Dificuldade dos pequenos e médios negócios

A crise expôs também a dificuldade dos pequenos e médios negócios em manter em dia suas responsabilidades com aluguéis, salários e fornecedores. Sem faturamento, esses empresários não possuem condições mínimas de funcionamento. O resultado reflete-se em menor propensão a empreender, principalmente nos setores de comércio e serviços, os mais atingidos.

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Sincomercio3

Sincomercio3

Fonte: Jucesp Elaboração: Sincomercio[/caption]

A análise revela ainda que o mês de junho encerrou com saldo positivo de 45 empresas abertas, resultado decorrente de 92 aberturas e 47 encerramentos. Os dados são superiores ao observado em junho de 2019, quando a movimentação foi de seis empresas no mês (80 aberturas e 74 encerramentos).

 

 


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