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04/08/2020 às 14h59min - Atualizada em 04/08/2020 às 14h59min

Funcionário do Samu pode ser o primeiro caso de reinfecção por coronavírus de Araraquara

Por Willian Oliveira A Secretaria de Saúde de Araraquara e o Serviço Especial de Saúde (Sesa), em parceria com o Instituto de Medicina Tropical, investigam o que pode ser o primeiro caso de reinfecção de coronavírus na cidade. Um paciente contraiu a doença pela segunda vez, meses depois de ter sido considerado curado da primeira infecção. Esse tipo de diagnóstico já foi feito em várias partes do mundo, mas não é comum. Sem uma vacina testada e comprovada, a reinfecção da doença poderia ser extremamente nociva para a população mundial. No Brasil são poucos os registros. Há investigações sendo feitas em Minas Gerais, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará. “Estamos pesquisando para saber se realmente foi isso que aconteceu, mas ele de fato tem dois testes positivos para coronavírus”, afirma a secretária de Saúde Eliana Honain. O portal Araraquara Agora apurou com exclusividade que o paciente é um funcionário do Samu. Ele testou positivo para a doença recentemente e segue internado. O que surpreendeu os profissionais da saúde é que esse servidor já tinha contraído a Covid-19 no mês de abril, logo no começo dos primeiros casos confirmados na cidade. Na primeira vez ele ficou isolado, seguiu todo o protocolo e depois, curado, voltou para suas atividades normais. Agora, voltou a apresentar sintomas, teve piora de seu estado clínico e segue em tratamento médico, internado na UTI e entubado. O profissional é diabético o que pode ter contribuído para o agravamento da situação. Mistério A reinfecção por Covid-19 ainda é um mistério para a ciência. São poucos os registros até agora e os cientistas ainda não conseguiram afirmar se, de fato, a pessoa contraiu a doença duas vezes ou se ela nunca deixou de carregar o vírus. Depois de um determinado tempo, por diversos fatores possíveis, a doença volta a se manifestar. Recentemente um estudo desenvolvido pela conceituada universidade King’s College, de Londres, apontou que após três meses de infecção, pacientes que tiveram coronavírus apresentaram queda significativa no número de anticorpos que defendem o organismo da doença. Essa drástica redução tornaria o corpo humano suscetível a uma nova contaminação. Profissionais da saúde, que estão sempre em contato com pessoas que apresentam grande carga viral, seriam vítimas em potencial das reinfecções. Esse mesmo estudo apontou que quanto mais grave o caso, mais anticorpos a pessoa apresenta e por mais tempo eles permanecem em bom número no organismo. Se comprovada a teoria, a Covid-19 seguiria o padrão de quatro outros tipos de coronavírus que tem o mesmo potencial e já circulam mundo a fora, mas com menor poder de disseminação e sintomas mais brandos. A Organização Mundial da Saúde acompanha várias outras pesquisas que apontam para esse mesma afirmação. Isso poderia colocar em xeque a teoria da imunidade de rebanho. Nela, os cientistas defendem que quando a maior parte da população tiver se contaminado, o vírus não encontrará mais espaço para grandes surtos ou epidemias.
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