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07/06/2023 às 15h53min - Atualizada em 07/06/2023 às 15h53min

Baixa cobertura vacinal é risco para volta da poliomielite no Brasil; infectologista alerta

Poliomielite pode causar manifestações neurológica graves, como paralisia e até mesmo a morte, diz especialista

Foto Ilustrativa/ Fernando Frazão por Agência Brasil

A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), realizada no mês passado, divulgou um alerta para a possível volta da poliomielite no Brasil.

 

Segundo o Ministério da Saúde, em 2022, a cobertura vacinal para a doença ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para impedir a circulação do vírus.


A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues explica que a doença, erradicada no Brasil desde 1989, apresenta sérios riscos a saúde das crianças e precisa ser constantemente combatida.


 

Embora alguns pacientes sejam assintomáticos, a poliomielite pode causar manifestações neurológica graves, como paralisia e até mesmo a morte. Os principais sinais para se manter atento são febre, mal-estar, dor de cabeça, vômitos, diarreia, constipação, espasmos e rigidez na nuca”, comenta Dra. Ana Rachel.




A enfermidade afeta principalmente as crianças menores de cinco anos e em suas formas mais severas pode causar ainda:
 

  • Instalação súbita de deficiência motora;
  • Assimetria da musculatura dos membros, em especial os inferiores;
  • Flacidez muscular;
  • Persistência de paralisias residuais (sequelas) após 60 dias do início do quadro.



Diante desse cenário, a especialista destaca que a vacinação sempre será a melhor maneira de prevenir a infecção, que pode ser transmitida de pessoa para pessoa via fecal/oral ou, menos frequentemente, por água ou alimentos contaminados.

 

O Calendário Nacional de Vacinação estipula três doses injetáveis, que devem ser administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, e mais dois reforços orais, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

 

“Lembrando que a vacinação, além de uma proteção individual, também fornece proteção coletiva para todos aqueles que, por algum motivo, não podem se vacinar ou não conseguem desenvolver a imunidade necessária para evitar a doença. Todos os imunizantes em circulação no Brasil são seguros, previamente testados e constantemente reavaliados e atualizados”, afirma Dra. Ana Rachel.



 

 

A Dra. Ana Rachel de Seni Rodrigues é médica infectologista, mestre em microbiologia e especialista em controle de infecção relacionada à saúde.


Atualmente, atua como diretora técnica de saúde I do Hospital Nestor Goulart Reis, onde também trabalha como médica assistente na Enfermaria de tratamento de Tuberculose Multirresistente, atua também no Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Saúde (SCIRAS) da Maternidade Gota de Leite e Hospital São Francisco de Araraquara e no Ambulatório de Infectologia Geral da Vigilância Epidemiológica de Américo Brasiliense.


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