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29/04/2024 às 14h01min - Atualizada em 29/04/2024 às 14h01min

Monóxido de carbono pode ter matado Renato e Bianca

O veículo foi encontrado ligado em um posto de combustíveis e a principal suspeita da polícia é de um vazamento de gás

Flavio Fernandes
Foto: Reprodução Redes Sociais
A Polícia Civil de Cajati, interior de São Paulo acredita que o empresário Renato Dias de Oliveira, de 33 anos e a esposa, a advogada Bianca Alves Francisco de Oliveira, de 28, morreram por intoxicação provocada por monóxido de carbono. O corpo do casal, que vinha de um passeio da Argentina, foi encontrado dentro de um Hyundai Tucson, parado em um posto de combustíveis às margens da rodovia Régis Bittencourt (Leia a Matéria Relacionada).

As vítimas pararam o veículo no local para descansar por volta da meia noite deste domingo (28), mas os corpos só foram descobertos por volta de 15h. Os dois moravam em São Carlos, que também fica no interior paulista. A cidade era o destino da viagem de volta para casa.

O vazamento do gás pode ter acontecido por vários motivos e apenas o trabalho da Polícia Científica é que vai apontar se houve uma falha mecânica que pode ter provocado o incidente. A suspeita de intoxicação também só deve se confirmar após a necrópsia nos corpos. 

A suspeita da polícia é reforçada pelos sinais encontrados no veículo que ainda estava ligado e com o ar-condicionado funcionando.

INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO É SILENCIOSA

A intoxicação leve por monóxido de carbono inclui sintomas como dor de cabeça, náuseas, tontura, dificuldade de concentração, vômitos, sonolência e falta de coordenação, mas geralmente há recuperação rápida ao respirar ar fresco. 

A intoxicação moderada a grave pode causar confusão, inconsciência, convulsões, dor no peito, dificuldade respiratória, hipotensão e até coma, sendo muitas vezes fatal e exigindo socorro imediato. Após uma recuperação aparente de intoxicação grave, podem surgir sintomas neuropsiquiátricos tardios, como perda de memória e depressão. 

O perigo do monóxido de carbono está na dificuldade de reconhecer a sonolência como sintoma, podendo levar a exposições prolongadas sem o devido tratamento, confundindo-se com outras condições médicas. Se a exposição for prolongada, pode levar a morte.

CASO SEMELHANTE

A morte do casal pode ter ocorrido de forma semelhante a de quatro jovens em Balneário Camboriú, Santa Catarina, no final do ano passado. Eles foram encontrados sem vida dentro de uma BMW, também em um posto de combustíveis. A perícia apurou que eles inalaram monóxido de carbono que entrou no compartimento do veículo através do ar-condicionado após um vazamento no sistema de escapamento.
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