15/10/2024 às 11h33min - Atualizada em 15/10/2024 às 11h33min

Linha de frente: o papel vital da comunicação na luta contra a crise climática

Em tempos de crise climática, a comunicação responsável torna-se uma ferramenta essencial para educar as pessoas sobre a urgência de agir, afirma Odair Rodrigues, CEO da B4

Foto Ilustrativa/ crédito: www.senhoreco.org

Estamos vivendo um momento ímpar para o planeta, onde os impactos das mudanças climáticas se manifestam de forma cada vez mais intensa e devastadora. As queimadas sem precedentes que consumiram grandes áreas de vegetação e plantações no Brasil nas últimas semanas, as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, o furacão Milton que castigou os Estados Unidos, e a seca na Amazônia — uma das regiões hídricas mais importantes do mundo — são apenas alguns exemplos que escancaram a urgência de uma resposta imediata e coordenada.

 

Nesse cenário, a comunicação tem um papel fundamental, tanto para alertar a sociedade quanto para cobrar ações das autoridades. A cobrança das autoridades, seja em relação às políticas climáticas mais agressivas, à fiscalização ambiental ou até mesmo à ajuda emergencial para regiões devastadas, torna-se muito mais eficaz quando a sociedade está informada e engajada.

 

O jornalismo, em particular, é a principal ferramenta para fornecer informações apuradas e confiáveis, que permitem à população compreender a dimensão dos desafios que enfrentamos. Mais do que nunca, as redações são curadorias da verdade, e o trabalho de reportar com precisão as catástrofes climáticas e seus desdobramentos ajudam a mobilizar tanto a sociedade quanto os tomadores de decisão.

 

Informações bem apuradas, baseadas em dados, na ciência e a partir de fontes diversas e confiáveis fortalecem a governança ambiental e social, instigam a participação popular e, principalmente, pressionam para que mudanças concretas saiam, de verdade, do papel.

Nos últimos anos, um desafio crescente nesse processo tem sido a luta contra a desinformação relacionada às mudanças climáticas. Notícias falsas e narrativas distorcidas prejudicaram o debate público e desorientaram a população quanto à gravidade real da crise climática. Em resposta, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma campanha global para combater a desinformação climática, alertando para os perigos das “notícias falsas” que minimizam ou negam a urgência das ações de emergência.

 

Ao destacar a urgência das mudanças climáticas e o papel da imprensa em combater a desinformação, a ONU tem alertado sobre os riscos de um público desinformado, que pode se tornar menos propenso a reforçar as políticas ambientais de segurança. A imprensa, ao desempenhar o papel de defensora da verdade, se posiciona como uma peça-chave na mobilização social. Informar com precisão e refutar inverdades são atos que fortalecem a democracia e protegem o futuro do planeta.

 

Em um mundo onde a imagem fala mais do que mil palavras, o fotojornalismo também emerge como uma ferramenta poderosa para chocar, sensibilizar e engajar. Fotografias que capturam a realidade brutal das enchentes, das queimadas, da destruição ambiental, nos conectam de forma visceral com a urgência do problema. Elas nos mostram quão tangíveis

são as consequências da inação e trazem à tona, de maneira inequívoca, a necessidade de uma ação rápida e eficaz.

 

A publicidade, por sua vez, utiliza a mesma força visual, criando campanhas que chocam e despertam a atenção para a situação ambiental crítica em que nos encontramos.

E na comunicação, acrescenta-se um elemento mais contemporâneo, mas ainda assim extremamente eficaz, os influenciadores digitais, que com sua capacidade de mobilizar massas, conseguem disseminar mensagens de toda natureza e também, claro, de conscientização ambiental. Quando usadas de maneira responsável, suas plataformas podem mover multidões em prol de práticas mais sustentáveis e pressionar empresas e governos a adotarem uma postura mais responsável frente à crise climática.

 

É nesse contexto que a B4, a primeira Bolsa de Ação Climática do Brasil, decidiu lançar o Prêmio B4: Comunicação Sustentável. Com o tema “Nosso reconhecimento às vozes que impactam a consciência regenerativa”, o prêmio busca enaltecer as vozes que estão utilizando seu alcance e influência para promover um futuro mais justo e sustentável.

 

 

Em tempos de crise climática, a comunicação responsável torna-se uma ferramenta essencial para educar as pessoas sobre a urgência de agir”, afirma Odair Rodrigues, CEO da B4. "A informação precisa mobilizar a sociedade em direção a um futuro regenerativo, e nós precisamos enaltecer esse trabalho."
 

 

A premiação, que será concedida em categorias que abrangem desde o jornalismo impresso e digital até o fotojornalismo, a publicidade e influenciadores, é uma forma de reflexão sobre esses esforços profissionais em traduzir a complexidade das questões climáticas para o público geral. “A B4 acredita no poder multiplicador da comunicação”, diz Rodrigues. "Apostamos nesse reconhecimento porque sabemos que uma comunicação bem feita tem o potencial de transformar a forma como as pessoas veem o mundo e, principalmente, como envelhecer nele."

 

 

Reconhecer o papel da comunicação nesse cenário não é só uma questão de prestígio; é um passo fundamental para garantir que as mensagens certas alcancem o público certo. E ao reconhecer o trabalho desses profissionais, a B4 reafirma seu compromisso com a transparência, a responsabilidade e a construção de um mundo mais sustentável”, conclui Rodrigues.
 

 

Confira mais informações da premiação da B4, acesse.

 

 

 

Sobre a B4

 

Lançada em agosto de 2023, a B4 - primeira bolsa de ação climática do Brasil - já alcançou números surpreendentes que indicam um mercado de carbono aquecido e a necessidade de apoio às empresas que estão buscando reduzir suas emissões de gases do efeito

estufa. No geral, o trabalho é focado em desenvolver um projeto de ação climática para que as empresas consigam bater as suas metas sustentáveis.

 

Hoje, cerca de 5 mil empresas emitem por ano, aproximadamente 25 mil toneladas de CO2 na atmosfera - só no Brasil - o que faz com que haja uma aceleração no que chamamos de aquecimento global. Com o objetivo de tentar reduzir e até mesmo mitigar as emissões, o crédito de carbono começa a ficar cada vez mais em evidência, e plataformas como a B4 surgem para construir um ambiente seguro que motive, apoie e mantenha as empresas comprometidas em promover práticas sustentáveis, e a implementar uma cultura sólida que busca, de fato, preservar o meio ambiente, reduzindo a pegada de carbono e ainda colaborando com ações de sustentabilidade corporativa.

 

A B4 já soma mais de 18 milhões de toneladas de Crédito de Carbono que estão em análise para serem listadas em sua plataforma. Além disso, já são mais de 2.100 empresas que procuraram a B4 no período de novembro de 2023 e meados de janeiro deste ano, para solicitar seu inventário de pegada de carbono.

 

O objetivo da B4 não é apenas a listagem e a negociação de créditos de carbono, mas também atuar como uma ponte para a jornada de sustentabilidade, análise e auxílio para que essas empresas possam, de fato, compreender o que pode ser feito para reduzir as emissões de CO2.

 

 

Quando a gente diz que a B4 quer ir além das negociações de crédito de carbono, estamos assumindo nosso compromisso com a sustentabilidade real, conduzindo as empresas que querem criar projetos que reduzem os impactos negativos no meio ambiente, para a verdadeira ‘jornada da sustentabilidade’, ou seja, ajudando essas empresas desde a realização do inventário que mostra a pegada de carbono, até as possíveis soluções para reduzir esses danos e, finalmente, para a transformação dessas empresas em novos negócios sustentáveis”, diz Odair Rodrigues, fundador e CEO da B4.

 


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