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11/03/2021 às 16h03min - Atualizada em 11/03/2021 às 16h03min

Após lockdown, casos de coronavírus diminuem em Araraquara

Depois do período de lockdown decretado em Araraquara, os casos de coronavírus diminuíram. Pelo menos é o que apontam os dados preliminares até o momento, que registram uma redução de mais de 43% na média móvel diária de novas positivações da Covid-19. O professor responsável pela unidade do Laboratório da Rede Unesp de Diagnóstico para Covid-19 em Araraquara, Paulo Inácio da Costa, participou no "Canal Direto Especial" da Prefeitura Municipal e avaliou como importantes as medidas de restrições de circulações que foram tomadas.

“Foi uma medida tomada com muita coragem, com apoio do Comitê e das áreas científica e clínica. A gente vinha com aumento expressivo de casos positivos da Covid-19. Isso se agravou no final de janeiro para o começo de fevereiro, o que culminou com o decreto. Vínhamos com 45% a 50% de amostras positivas no município e, a partir de março, houve redução para 30%, 20%. Uma atitude restritiva, que tem as suas consequências, mas a consequência maior foi a preservação da vida, da saúde das pessoas, e a diminuição de internações e de casos graves”, analisou ele.

Além dele, a secretária Eliana Honain também participou do programa exibido pelas redes sociais. “Quando o Comitê observou o crescente número de pessoas contaminadas e tomou ciência de que a variante de Manaus estava presente em Araraquara, e 93% das pessoas contaminadas em Araraquara estão com essa variante, o Comitê disse: ‘não tem outra alternativa’. A ciência nos diz qual é o caminho a ser feito. Existem duas alternativas para o controle do coronavírus. Primeiro, a vacina, que é uma resposta do Governo Federal. Não tendo a vacinação em massa, o outro caminho é o isolamento social”, afirmou ela.

“Hoje, com a queda no número de infectados, o lockdown nos mostra que é uma medida eficiente e que deve ser implantada sempre que houver necessidade”, complementou a secretária. Eliana ainda explicou que a queda nos óbitos levará mais alguns dias para ocorrer, pois os pacientes internados neste momento contraíram a Covid-19, em média, há mais de um mês.

Efeitos do lockdown

Entre o dia 21 de fevereiro, primeiro dos dez dias de lockdown, e esta quarta-feira, 10 de março, a média móvel diária de novos casos de Covid-19 caiu de 189,57 para 108, uma redução de 43,02%.

Outra diminuição acentuada foi verificada no número de pessoas contaminadas com o coronavírus e que estavam em isolamento domiciliar (quarentena): 1.512 no início do lockdown e 635 no boletim desta quarta, queda de 58%.

Em relação às internações, os dias 25 e 26 de fevereiro registraram o pico: 247 pacientes com Covid-19 em UTIs e enfermarias do município. Desde o início da pandemia, nunca houve tantos pacientes internados como nesses dois dias. Nesta quarta-feira, são 177 pacientes em hospitais. Número ainda alto, mas 28,34% menor que a máxima registrada.

Os casos de Covid-19 registrados por semana epidemiológica também evidenciam a eficácia das medidas de isolamento social para a contenção da pandemia. Foram 1.327 casos entre 15 de fevereiro e 21 de fevereiro (a semana com maior número de confirmações), 1.120 entre os dias 22 e 28 do mesmo mês e 945 entre 1º e 7 de março (28,78% a menos que o começo do lockdown).

Outro termômetro sobre a gravidade da pandemia é a porcentagem de amostras positivadas em relação a todos os testes enviados para análise diariamente. O dia com maior porcentagem de confirmações foi 16 de fevereiro, com 53% de testes positivos. Nesta quarta, após vários dias de queda, o índice chegou a 20%.


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