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06/04/2020 às 18h53min - Atualizada em 06/04/2020 às 18h53min

Em meio a pandemia, cesta básica fica 1,30% mais cara em Araraquara

O preço da cesta básica em Araraquara encerrou o mês de março 1,30% mais cara que em fevereiro. O aumento equivale a R$ 7,93 no valor final da cesta, que fechou o período com preço médio de R$ 618,61. Segundo levantamento do Núcleo de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio), realizado em nove supermercados da cidade, a alta foi influenciada principalmente pelos preços dos hortifrútis, que aumentaram em média 22,5%. Na comparação com março de 2019, estes alimentos registraram alta de 1,40%, enquanto as categorias de limpeza doméstica e higiene pessoal apresentaram elevação e redução nos preços, variando de -0,36% a 1,66%, respectivamente. O preço da cebola, que no primeiro trimestre do ano apresentou alta de 40,2%, está com sua cotação elevada devido a demanda nordestina pelo bulbo cultivado na região sudeste e sul do país. Além disso, a redução dos estoques e a safra praticamente finalizada na região sul influenciaram no preço cobrado. Com a alta, a importação da cebola argentina passa a ser considerada, porém, com o avanço do novo coronavírus, o funcionamento de galpões pode ser limitado, assim como o comércio com o país vizinho também pode ter suas atividades reduzidas. A pandemia também não deixou de fora o mercado da batata, que teve forte amplitude nos preços praticados durante o mês de março. Chuvas elevaram o custo de produção e reduziram a qualidade do bulbo na primeira semana do mês em Minas Gerais. Já na região sulista, a chuva foi abaixo do esperado, garantindo a qualidade do cultivo. O aumento da demanda pelo legume veio na terceira semana de março. No intuito de estocar alimentos, consumidores e mesmo atacadistas aumentaram a procura, elevando os preços. Outro alimento que apresentou alta foi o alho (14,9%), enquanto que o extrato de tomate, contra filé e linguiça registraram baixas de -4,5%, -4,0% e -3,5%, respectivamente. A queda observada nas carnes pode ter sido influenciada pela mudança na preferência dos consumidores, que direcionaram a renda para a obtenção de produtos farmacêuticos, itens de higiene e limpeza. Assim como a paralisação de bares, restaurantes e hotéis, o que reduz a demanda pelo alimento, forçando os preços a cederem. A preocupação com a escassez de alimentos não tem amparo com nossa realidade, dado que produtores não tem relatado dificuldades para escoar as mercadorias essenciais. Paralelamente, o Ministério da Infraestrutura tem trabalhado para garantir a logística no abastecimento de alimentos e na manutenção dos serviços, dando atenção principalmente a caminhoneiros, que requerem serviços de postos para abastecer e se alimentar. Importante ressaltar que a compra exagerada de produtos nos mercados só tende a elevar os preços e desabastecer as prateleiras. “Efeitos que prejudicam justamente os consumidores e aqueles mais vulneráveis, que não têm condições de comprar em maior volume”, explica Marcelo Cossalter, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio. Supermercados adotam medidas para evitar contágio por coronavírus Para evitar a contaminação de funcionários e consumidores, os supermercados da cidade estão adotando medidas de segurança contra o novo coronavírus. Perguntados a respeito de quais ações foram colocadas em prática, oito dos nove estabelecimentos introduziram horário exclusivo para integrantes dos grupos de risco: das 7 às 8 horas. A entrega das mercadorias via delivery é outra prática que está sendo feita por cinco supermercados. Também são cinco o número de estabelecimentos que estão controlando o acesso às lojas, limitando o número de clientes e implementando a regra de uma pessoa por família no interior dos estabelecimentos. Em relação aos equipamentos de proteção, todos estão disponibilizando álcool em gel, tanto para clientes como para funcionários. Sete lojas estão adequando os caixas com proteção de acrílico e marcações no chão, delimitando o espaço entre os consumidores nas filas. A utilização de máscaras e luvas por parte dos funcionários ainda é bastante reduzida. Por outro lado, o reforço na limpeza dos carrinhos de compra e no interior das lojas está sendo levado a sério. Ainda que não obrigatórias, tais práticas são necessárias e contribuem para o aumento da segurança tanto dos trabalhadores como também dos consumidores. São ações simples, com baixo custo de implementação e que garantem a saúde e o bem-estar dos profissionais que atuam nos serviços e atividades essenciais.
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