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01/06/2021 às 12h26min - Atualizada em 01/06/2021 às 12h26min

Com médica positivada, Prefeitura tenta, mas não encontra médicos

Prefeitura tenta a contratação de médicos, que não aceitam por já estarem sobrecarregados

A cidade de Boa Esperança do Sul vive seu momento mais crítico em relação ao coronavírus. E agora há uma preocupação ainda maior, a falta de médicos para atendimento da população.

O mês de maio foi o mais letal até aqui, com 6 mortes confirmadas. Em abril não houve mortes. A doença se alastra com rapidez, muito por causa da circulação criminosa de pessoas contaminadas. Entre os positivados está uma médica que atua na atenção básica. A profissional, querida por todos, se recupera bem, mas sua quarentena agrava ainda mais a situação da cidade, que tenta, mas não consegue contratar médicos.

Em toda a região os hospitais estão lotados, os profissionais sobrecarregados, com dupla ou até tripla jornada e não conseguem nós atender”, lamenta o prefeito Manoel de Souza.

A Prefeitura tem oferecido valores altos para que os médicos assumam plantões. Há casos em que a oferta se equipara ao que se paga em hospitais conceituados do país como Albert Einstein, em São Paulo. “Os médicos não estão aceitando, não só pelo dinheiro, mas porque já estão todos empenhados no combate a doença em outros locais”, explica Manoel.

O Gripário é a grande preocupação do momento. A procura não para de crescer.Estamos ligando para tantos médicos, mas não estamos conseguindo. Vamos seguir tentando, mas precisamos da ajuda das pessoas, só com a colaboração da população vamos reduzir os casos suspeitos”, diz o prefeito.

Enquanto o Gripário lota e o hospital recebe cada vez mais pacientes, do outro lado parece ter parte da população que não entendeu a gravidade do problema. Não há leitos hospitalares na região. A cidade pode, em breve, não suportar atender pacientes com casos moderados que podem se agravar e até terminar em morte. Nesse momento, em que a crise bate a porta, ou a população se une para vencer a doença ou terá que se preparar para chorar a morte de mais entes queridos.

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