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01/07/2021 às 13h56min - Atualizada em 01/07/2021 às 13h56min

Sismar diz que Araraquara investiu só 11% do orçamento previsto para a Guarda em 2021

GCM faz parte da força-tarefa, que tem críticas pela falta de efetivo em fiscalização; Prefeitura manteve silêncio

Foto/Divulgação: Prefeitura de Araraquara

O Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região) divulgou que Araraquara usa somente 11% do orçamento previsto para fortalecer a Guarda Civil Municipal (GCM). Vale lembrar que o órgão atua na força-tarefa de fiscalização em caso de descumprimento do decreto municipal, que é criticada pela falta de efetivo em locais públicos que ocorrem aglomerações. 

De acordo com o sindicato, o previsto no orçamento de 2021 é que R$ 769 mil sejam usados para ações de fortalecimento da Guarda Civil. No entanto, apenas R$ 87 mil foi investido por Araraquara. Do total, foram empenhados R$ 263 mil, mas apenas 1 terço disso foi realizado (R$ 87 mil). O Sismar teria retirado os dados do Portal da Transparência. Assim, quase meio milhão de reais estão reservados por lei para investir no órgão de fiscalização. 


"A Guarda Civil Municipal de Araraquara tem sido cobrada diariamente por mais fiscalização contra as aglomerações durante a pandemia, mas com viaturas sem manutenção quebrando no caminho da ocorrência, sem efetivo em número adequado para a população da cidade e nas condições atuais de trabalho fica difícil", reforçou o Sismar. 

Durante a divulgação, o sindicato aproveitou para listar que o recurso reservado poderiam resolver problemas da Guarda Civil Municipal. Veja quais: 

 

  • Viaturas sem manutenção há anos, quebrando várias vezes durante deslocamento para atendimento de ocorrências;

  • Armas não letais sem manutenção, sem bateria (duas delas explodiram);

  • Não é realizado curso de atualização e capacitação dos GCM exigido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública;

  • Desde 2016, uma parte do prédio da GCM está interditada pela Defesa Civil, por risco de desabar;

  • Não há divisória de acrílico entre os servidores que monitoram câmeras de segurança e trabalham juntos na mesma sala lado a lado. 

  • Não há refeitório para os servidores;

  • Vasos sanitários sem condição de uso (até isso!).

"Como demonstrado acima, as condições de trabalho dos guardas municipais são péssimas e o investimento da Prefeitura é praticamente nulo. Esperamos que estes R$ 500 mil sejam muito bem aplicados pelo governo, para que no ano que vem não seja preciso lutar pelos mesmos problemas".

A prefeitura de Araraquara foi procurada para se manifestar ontem sobre a divulgação do sindicato, no entanto manteve silêncio até a publicação desta matéria.


 
 
 

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