Manifestações idealizadas pela direita e esquerda estão previstas para ocorrer em diversas cidades nesta terça-feira (7), Dia da Independência do Brasil.
Em Araraquara, duas manifestações devem acontecer em pontos importantes da cidade. Uma delas será na Praça da Independência, a partir das 10h. Segundo o organizador, o coordenador regional do Movimento Conservador, Rodrigo Ribeiro, o objetivo é celebrar a data histórica.
“Não será passeata e nem carreata. Será um ato cívico em comemoração aos 199 anos de independência do Brasil e será uma oportunidade de demonstrar o amor pelo País e sua história. Reconhecer as lutas que foram travadas no passado, que garantiram os direitos de hoje, além da manutenção de lutas para que a liberdade do povo brasileiro não seja retirada”, explica.
Segundo Ribeiro não será diretamente uma manifestação pró-Bolsonaro. “A manifestação independe de direita e de esquerda. Hoje a gente vê a importância de se defender a liberdade e a democracia de forma legítima. Boa parte das pessoas que defende valores da família, naturalmente acaba apoiando Jair Bolsonaro, mas nós teremos pessoas que apoiam e que não apoiam, são patriotas. A intenção é realizar uma manifestação histórica e não ideológica”, ressalta.
“É para as famílias, principalmente para os pais que estão em casa neste feriado, que vão ter a oportunidade de levar os filhos para conhecer a história do Brasil. A gente pede para vestirem verde e amarelo. Vamos cantar o hino nacional, o hino da independência e falar da constituição. Será uma manifestação pacífica”, finaliza.
Já o conjunto da esquerda, unindo os partidos PCO, PT, PSOL e PSTU, com o apoio de organizações sindicais, vão realizar a manifestação “Fora Bolsonaro”. O ato terá início na Praça Santa Cruz, centro da cidade. Segundo Tiago Pires, do Comitê Estadual do PCO, a ação visa manifestar sobre diversos acontecimentos que ocorreram após a eleição de Jair Bolsonaro.
“A gente defende a quebra da patente das vacinas e o controle popular da vacinação. Também o auxílio de verdade, a gente defende que o auxílio seja pelo menos um salário mínimo, tendo em vista que a cesta básica já superou R$600. Além da questão do emprego”, diz.
Tiago ainda ressalta que o ato é também uma manifestação contra a PEC 32. “Ela precariza não só as condições de vida dos servidores públicos, mas também o serviço público oferecido para a população. Também a mini reforma, a MP 1045, que vai aumentar a jornada de trabalho e, consequentemente, escravizar o trabalhador, além da nossa luta para barrar todas as privatizações”, explica.
“Essas medidas que surgiram com o golpe de estado no País. Por isso que a gente pede Fora Bolsonaro”, diz Tiago Pires.
Os manifestantes vão iniciar o trajeto na Praça Santa Cruz, caminhando pela rua São Bento (Rua 03) até a avenida Portugal, onde descerão até a rua Nove de Julho (Rua 02) e retornarão até a Praça novamente.
“A população não está de acordo com Bolsonaro. A população não está contente com a miséria. As condições de vida estão muito precarizadas. É importante sair as ruas e mostrar que esse governo é impopular. A população está sendo arrastada para a miséria”.
Em Tempo
Jair Bolsonaro convidou a população a ir às ruas nesta terça-feira (7). Em publicação nas redes sociais, ele destacou que a Constituição Federal garante o direito à manifestação. “Que a liberdade individual seja a máxima nesse marcante evento de nossa soberania”, diz a publicação do presidente.
Por conta da Pandemia, não haverá o tradicional desfile de 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Uma cerimônia cívica de hasteamento da bandeira será realizada no Palácio da Alvorada, com a presença de autoridades. Ao final, a Esquadrilha da Fumaça fará uma apresentação nos céus da capital federal.
Após a solenidade, Bolsonaro vai à Esplanada, onde está prevista manifestação de apoiadores. À tarde, o presidente deve comparecer a um ato em São Paulo.