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24/09/2021 às 22h04min - Atualizada em 24/09/2021 às 22h04min

Semana Internacional dos Surdos: data traz reflexão e debate sobre os direitos e a luta da comunidade

Otorrinolaringologista explica como funciona o acompanhamento médico para essas pessoas e a importância da inclusão da linguagem de sinais na sociedade moderna

Foto: Canva

A última semana de setembro, também conhecida como Semana Internacional dos Surdos, carrega a campanha da comunidade surda pela visibilidade, acessibilidade e inclusão no mundo atual. Para a otorrinolaringologista Tatiana Gonçalves, é preciso orientar a população quanto a importância do acesso para essas pessoas em todas as áreas da vida.


“Infelizmente pessoas surdas ainda sofrem preconceitos e encontram diversas barreiras diariamente. Apesar de muitas conquistas já terem sido obtidas, ainda há muito mais a ser adquirido, pois o surdo necessita de escolas adequadas e empresas com acessibilidade e reconhecimento profissional, além de respeito dentro desses espaços para que possam exercer sua formação e profissão com dignidade”, diz Gonçalves.


Diante desse cenário, a especialista também ressalta o quanto é necessária a inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras), na sociedade moderna. “Em um mundo ideal, a janela com a tradução em libras estaria em todos os programas de televisão, filmes em salas de cinema e até mesmo nos espetáculos teatrais. Porém, por ser tratar de uma deficiência invisível, a surdez é comumente ignorada, muitas vezes tornando esses espaços inacessíveis para os surdos.”


“Para que essa realidade se torne alcançável, a libras precisa ser acessível, ou seja, deve estar incluída na grade curricular da educação básica às universidades, por docentes com graduação específica de licenciatura plena em letras. Algo previsto na legislação, mas que ainda não possui vigência”, destaca a médica.


Já no que diz respeito ao papel da otorrinolaringologia na saúde dos ouvidos, Gonçalves explica que os profissionais dessa área são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento de alterações, como a diminuição da capacidade de ouvir, sendo o primeiro especialista a ser consultado em uma equipe auditiva.


“Dessa forma, o otorrinolaringologista indicará o recurso terapêutico mais adequado à cada caso, podendo ser apontados tratamentos medicamentosos, cirúrgicos, protetização ou uma combinação destas intervenções. Quanto a reabilitação auditiva, o profissional trabalhará junto a um fonoaudiólogo para definir qual o tipo de prótese auditiva ideal”, explica a especialista.


Tatiana Gonçalves também reforça a necessidade de todas as pessoas, independentemente da idade, realizarem uma avaliação de saúde auditiva anual, mesmo que não haja sinais de alterações.

 

Muitas vezes, a perda de audição ocorre de forma gradual e com sintomas inicialmente imperceptíveis, portanto, consultar um otorrinolaringologista regularmente é imprescindível.”

 

 


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