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28/10/2021 às 09h49min - Atualizada em 28/10/2021 às 09h49min

Prefeitura abre sindicância para apurar atendimento ao pedreiro espancado até a morte, no Jardim Ieda

Equipes de saúde e assistência iniciaram articulação para internar José Marciano

Direto da Redação

A Prefeitura de Araraquara abrirá uma sindicância para apurar a conduta dos profissionais de todos os serviços públicos pelos quais José Marciano dos Santos Silva, de 45 anos, passou. O pedreiro foi espancado até a morte no Jardim Ieda, na última terça-feira (26).

 

Através de nota, a Prefeitura confirmou que a Secretária Municipal de Saúde está abrindo sindicância para apurar os fatos e os serviços prestados a vítima.

 

O seu caso já vinha sendo acompanhado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e pela Secretária Municipal de Saúde, que estavam atuando em conjunto, com vistas a internação psiquiátrica”, diz a nota.

 

Ainda de acordo com a Prefeitura, a uma mobilização de assistência e saúde começou na quarta-feira (20), quando equipes do Centro de Referência e Assistência Social Cruzeiro do Sul, tomaram conhecimento que o pedreiro havia agredido um homem com um pedaço de pau e fugido em seguida. Na sequência ele teria agredido outras pessoas.

 

No dia seguinte (21), houve uma reunião com os técnicos do Cras Cruzeiro do Sul e da Estratégia de Saúde da Família, para discutir e criar estratégias sobre a situação de Marciano.

 

A equipe da Estratégia de Saúde da Família relatou que já havia sido encontrado casos semelhantes. Neste mesmo dia as equipes do Centro Pop, foram acionadas pela gestão do Cras e em uma ação articulada, o Serviço Especializado de Abordagem Social saiu para abordagem na região da avenida dos Eletricitários, mas não o encontrou”.

 

A nota diz ainda que no dia seguinte (22), no período da tarde, ele foi encaminhado para a UPA Central, trazido pela ambulância de uma concessionária, após ser encontrado na rodovia “confuso, alegando ter sofrido uma queda”. Ele estava com dores em uma das mãos e com ferimentos na cabeça. Na consulta médica ele alegou ter sofrido agressão física e ter feito uso de álcool. Após a avaliação clínica e radiológica, ele recebeu alta médica.

 

No mesmo dia, segundo a nota da Prefeitura, as equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social receberam a informação de que ele teria sido agredido por populares. A Polícia Militar foi acionada e as equipes da saúde também foram ao local para conversar com os moradores.

 

Depois dess fato, Marciano ainda retornou para UPA Central nos dias 23 de 24 de outubro, aparentando estar sob efeito de álcool e drogas e com discurso incoerente “queixava-se de dores”. O irmão dele foi até a UPA para buscá-lo. No dia 23 equipes de saúde da Prefeitura foram até a UPA para verificar a situação e sugeriu a sua internação em um Hospital Psiquiátrico Cairbar Schutel “no entanto o médico plantonista informou que o paciente estava de alta médica”.

 

Diante da situação, técnicos da saúde e da assistência social iniciaram uma articulação com a finalidade de realizar a internação psiquiátrica do senhor Marciano.

 

A Prefeitura decidiu então, abrir uma sindicância a conduta dos profissionais de todos os serviços pelos quais o paciente passou.


 

Tarde Demais

 

Marciano foi morto a pauladas na terça-feira (26). Ele foi agredido por diversos moradores, com pedaços de pau, pedras e tijolos.

Quando os policiais chegaram ao local, a vítima já estava morta. José Marciano tinha ferimentos gravíssimos, principalmente na região da cabeça e do rosto. Não havia mais ninguém no local. O SAMU foi chamado para tentar reanimar a vítima, mas Marciano já estava morto.



Prisão

 

Nesta terça-feira (26), a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prendeu dois acusados. O delegado Edmar Piccolo Júnior explicou que os dois rapazes confessaram o espancamento e alegaram que o pedreiro perturbava o sossego os moradores do bairro. A dupla foi presa preventivamente por 30 dias.


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