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20/07/2022 às 10h32min - Atualizada em 20/07/2022 às 10h32min

Consumo moderado de álcool pode ser nocivo à saúde do coração

Cardiologista Yuri Brasil ainda alerta como as bebidas alcoólicas são mais prejudiciais a quem já possui condições preexistentes

Foto: Marcelo Camargo/ Arquivo Agência Brasil

Um estudo apresentado no congresso científico europeu Heart Failure, que incluiu 744 adultos com mais de 40 anos de idade, apontou que os níveis de consumo de álcool considerados seguros por alguns países estão diretamente ligados ao desenvolvimento de insufiência cardíaca. De acordo com o cardiologista Yuri Brasil, a pesquisa serve como alerta da importância em consumir bebidas alcoólicas de forma mais cautelosa.


“Além de os participantes terem sido separados de acordo com a sua ingestão semanal de álcool, também foi feita uma categorização daqueles sem nenhuma condição de risco e aqueles com pré-insuficiência cardíaca – neste segundo grupo, foi definida uma piora do funcionamento do coração devido a deterioração nas funções de compreensão ou relaxamento do órgão, ou ainda uma progressão para insuficiência cardíaca sintomática”, explica o especialista.


Embora o consumo de álcool deva ser moderado por todas as pessoas, independente de idade e gênero, no grupo com condições preexistentes, a ingestão moderada (ou alta), foi associada a um risco 4,5 vezes maior de haver uma piora na saúde do coração.

 

Outro fator interessante apresentado pela pesquisa é que, 53% dos adultos analisados eram mulheres”, diz o cardiologista.

O cardiologista também ressalta que os resultados do estudo levam a conclusão de que não há nenhum benefício para a saúde advindo de um consumo moderado de álcool, isso é, mais de 70g por semana, quantidade que a publicação destaca como fortemente associada ao agravamento da pré-insuficiência cardíaca. “Lembrando que mesmo quando consumido em baixas doses, para algumas pessoas, as bebidas alcoólicas ainda podem ser nocivas.”


“Logo, além da moderação quanto ao álcool, é imprescindível que todos mantenham consultas regulares com um especialista a fim de verificar constantemente como anda a situação das funções cardíacas. Dessa forma, ao aparecimento de quaisquer problemas, mesmo silenciosos, será possível aplicar o tratamento adequado a fim de garantir uma manutenção de qualidade de vida e preservação da saúde do coração”, orienta.

 


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