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21/07/2022 às 09h00min - Atualizada em 21/07/2022 às 09h00min

Em futuro próximo, exames de sangue deverão identificar o Mal de Alzheimer

Geriatra Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex comenta como esses testes poderão ajudar no tratamento contra a demência

Direto da Redação
atlascompany/ Freepik

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Dados de Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, atualmente, cerca de 55 milhões de pessoas lidam diariamente com os desafios apresentados pelo Mal de Alzheimer.


No Brasil, os números ainda são subestimados, mas acredita-se que mais de 2 milhões de pessoas têm demência, com ao menos metade dos casos se caracterizando como o Alzheimer.


Segundo a geriatra especialista em cuidados paliativos Maria Carolyna Fonseca Arbex, em um futuro próximo, a doença poderá ser identificada por meio de exames de sangue.


“Atualmente, o diagnóstico é feito depois do aparecimento dos sintomas, ou seja, o paciente já chega ao consultório com algum comprometimento e sujeito a conviver com a degeneração progressiva desse problema para o resto da vida. Porém, com os testes sanguíneos ou a coleta de marcadores biológicos, que vem sendo estudados, haveria a possibilidade de a doença ser descoberta antes mesmo do surgimento das suas manifestações clinicas”, explica Dra. Maria Carolyna.


Dessa forma, a especialista aponta que esses tipos de exames auxiliam principalmente no diagnóstico diferencial, ou seja, quando o médico possui dúvidas se o paciente sofre com o Mal de Alzheimer ou outros tipos de doença.


Uma avaliação sanguínea traria mais assertividade e praticidade logo na primeira consulta, o que também agilizaria o tratamento necessário, especialmente no que diz respeito às estratégias para evitar progressão e controle de comorbidades.”


Já no sentido curativo, hoje, não existe nenhum tipo de medicação que impeça ou mesmo altere a progressão da doença.
 

Logo, quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, mais cedo haverá uma janela terapêutica para o início dos medicamentos, garantindo mais tempo de qualidade de vida, funcionalidade e autonomia do paciente.”


No entanto, ainda que existam ou venham a existir testes que auxiliem no diagnóstico, a geriatra ressalta que o exame e histórico clínico do paciente sempre serão soberanos.

 

A doença de Alzheimer é única, porém muito heterogênea na sua apresentação, com sintomas bastante variados logo, os tratamentos devem ser individualizados, sempre respeitando a evolução da memória e crises de queixas dos pacientes. Portanto, entende-se que a evolução nos tipos de testes chegam como ajuda nos casos de dúvida, mas nunca como substitutos para uma consulta.”

 


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